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BRICS
23/10/2024 00:00:00

Brasil teria vetado admissão da Venezuela como parceira do BRICS, diz jornal

Lista de países que serão convidados como parceiros do bloco de emergentes ainda está em discussão, mas Brasil teria feito objeção ao regime de Maduro; assessor do Kremlin diz que há 13 países interessados


Brasil teria vetado admissão da Venezuela como parceira do BRICS, diz jornal

O Brasil teria vetado informalmente a admissão da Venezuela como como país parceiro do BRICS, numa lista que será discutida a partir desta quarta-feira (23) na 16ª reunião de cúpula do bloco de países emergente, realizada em Kazan, na Rússia, informou hoje o jornal Folha de S. Paulo.

Embora a relação ainda não esteja fechada, o jornal colocou entre as nações que receberão o convite Cuba e Bolívia, Indonésia e Malásia, Uzbequistão e Cazaquistão, Tailândia e Vietnã, Nigéria e Uganda, e Turquia e Belarus.

Uma prova de que essa lista ainda pode ser alterada foi uma entrevista concedida nesta terça-feira (22) pelo assessor do Kremlin, Yury Ushakov, ao Channel One. Ele afirmou que 13 países, e não 12, estão realizando consultas sobre a obtenção do status de Estado parceiro do BRICS. “Falando francamente, existem 13 deles”, citou a agência de notícias Tass.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse anteriormente que até 30 estados expressaram o desejo de se juntar ao trabalho do BRICS de uma forma ou de outra.

Segundo disse um diplomata ao jornal brasileiro, a Argélia voltou ao páreo, após ter sido excluída, junto com o Marrocos, que são dois países rivais. Mas a reportagem lembra que, no ano passado, Irã e Etiópia entraram na primeira grande expansão do BRICS na última hora, por interferência da China.

Ao jornal O Globo, Celso Amorim, principal conselheiro para assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, evitou explicitar a posição brasileira sobre a Venezuela, dizendo que talvez ainda não seja possível chegar a uma conclusão nessa cúpula.

“Não estou preocupado com a entrada ou não da Venezuela, não estamos fazendo julgamento moral e nem político sobre o país em si. O BRICS tem países que praticam certos tipos de regime, e outros tipos de regime. A questão é saber se eles têm capacidade pelo seu peso político e pela capacidade de relacionamento, de contribuírem para um mundo mais pacífico”, comentou.

As negociações, de fato, são contínuas antes de uma decisão. A lista prévia de 2023 só tinha Emirados Árabes Unidos, Argentina e Arábia Saudita. Os argentinos, no entanto, desistiram do convite quando houve mudança de poder: o novo presidente, Javier Milei, preferiu ficar mais alinhado a Washington do que a Pequim.

Em 1º de janeiro de 2024, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos tornaram-se seus membros de pleno direito.

A 16ª Cúpula do BRICS é o principal evento da presidência da Rússia na associação e está sendo realizada em Kazan até quinta-feira (24). O grupo BRICS foi fundado em 2006 pelo Brasil, Rússia, Índia e China, com a África do Sul se juntando a ele em 2011.

Por Equipe InfoMoney



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