O ataque israelense a dois edifícios municipais em Nabatieh deixou cinco mortos, incluindo o prefeito. O primeiro-ministro do Líbano acusa Israel de atacar deliberadamente reuniões públicas. Na terça-feira, pelo menos 15 pessoas foram mortas após uma ofensiva israelense em Qana.
Um ataque israelense a dois edifícios municipais na cidade de Nabatieh, no sul do Líbano, deixou cinco pessoas mortas na quarta-feira, incluindo o presidente do conselho municipal, Ahmad Kahi.
Segundo o Ministério da Saúde libanês, também foram relatados 43 feridos. O primeiro-ministro interino libanês, Najib Mikati, diz que Israel almejou deliberadamente uma reunião do conselho municipal convocada para discutir serviços públicos e a situação de emergência.
Mikati também acusou a comunidade internacional de permanecer "deliberadamente silenciosa" sobre os ataques israelenses que mataram civis e os ataques às forças de manutenção da paz da ONU.
Os militares israelenses divulgaram um comunicado dizendo que atacaram vários alvos do Hezbollah na área de Nabatieh.
Ao mesmo tempo, nas primeiras horas da manhã de quarta-feira, Israel lançou um ataque aéreo ao bairro de Haret Hreik, nos subúrbios ao sul de Beirute, minutos depois de o exército israelita ter dado a ordem de evacuação da área.
As forças israelenses afirmam ter atingido um armazém “contendo armas estratégicas pertencentes à organização terrorista Hezbollah”.
Israel não ataca a periferia sul da capital libanesa desde o final da semana passada, depois de atacar a área quase todas as noites durante semanas. Pelo menos 15 mortos em Caná.
Na terça-feira, um ataque do exército israelita matou pelo menos 15 pessoas na cidade de Qana, também no sul do Líbano.
A cidad ttem uma história sombria, com muitos civis mortos após ataques israelenses no passado.
Em 1996, um ataque israelita a um complexo das Nações Unidas que albergava centenas de pessoas deslocadas matou pelo menos 100 civis, incluindo quatro soldados da paz.
Durante o conflito de 2006, Israel atacou um edifício residencial em Qana, alegando que o alvo era um lançador de foguetes do Hezbollah. Três dúzias de pessoas foram mortas, um terço delas crianças.