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Acidente
16/10/2024 15:00:00

Caso de Maria Katharina: A perícia mostra que a jovem amarrou a corda e suicidou-se sozinha; a polícia encerra a investigação

Caso de Maria Katharina: A perícia mostra que a jovem amarrou a corda e suicidou-se sozinha; a polícia encerra a investigação

A perícia para a reprodução simulada do caso da menina Maria Katharina, de 10 anos, encontrada morta no celeiro da família em Palmeira dos Índios, agreste de Alagoas, no dia 8 de julho deste ano, foi concluída. O documento diz que a menina amarrou a corda e suicidou-se sozinha.

Segundo o chefe de operações da Delegacia Regional de Palmeira dos Índios, Diogo Martins, o laudo mostra que não foram identificados feridos, nem sinais de defesa ou luta no corpo de Katharina.

Segundo o documento, não havia nenhuma sinalização no local que indicasse que alguém esteve no local onde o fato ocorreu. “A investigação está encerrada, ninguém foi indiciado. Não há indícios de que alguém tenha cometido crime”, afirmou o delegado.


No dia 3 de setembro foi realizada uma simulação de crime. Na época, a mãe de Katharina, Maria Virgínia, contou que pós a morte da filha, Virginia pediu a separação e busca uma medida de proteção contra o pai das crianças.

A mãe de Maria Katharina disse à polícia que seu pai batia nela com frequência e a xingava. Ela contou ainda que quando o marido bateu na menina, ela e o filho mais novo atrapalharam as agressões e acabaram  brigando os três.


O delegado Diogo Martins disse que a Polícia Civil continua as investigações sobre os maus-tratos relatados pela mãe de Katharina. Desde o final da investigação sobre a morte da jovem a PC concentra neste segundo caso, para encerrá-lo e levá-lo à justiça.

CASO

Maria Katharina, de 10 anos, foi encontrada morta no dia 8 de julho em um celeiro de propriedade da família, localizada na zona rural de Palmeira dos Índios, Agreste de Alagoas. Segundo a polícia, a menina brincava com o irmão mais novo no estábulo quando sofreu um acidente e foi levada pelos pais à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Palmeira dos Índios. Katharina ficou em casa.


Quando seus pais voltaram, encontraram Katarina morta. A polícia chegou ao local e o cadáver da menina foi transportado para o Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca.

 

O resultado da autópsia realizada no corpo de Maria Katharina foi divulgado no dia 20 de julho pelo Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca. O legista Francisco Milton, responsável pelo exame dos cadáveres, esclareceu os principais pontos descobertos durante a autópsia. Segundo ele, não foram encontradas feridas ou sinais de tortura durante o exame do corpo da criança.


Ele lembrou ainda que não foi observada fratura no osso hióide, comum em casos de asfixia por estrangulamento do pescoço, No laudo apresentado em 17 de julho, consta que a causa da morte foi asfixia pelo pescoço, confirmada pelos sinais característicos encontrados durante a intervenção pericial.


“Quanto à autópsia, não encontramos ferimentos defensivos ou sinais de tortura. Encontrámos estes sinais típicos de enforcamento, como sulcos no pescoço e sangue a infiltrar-se nos músculos”, disse Francisco Milton.


O especialista destacou ainda que foram retiradas amostras de sangue, estômago e fígado da menina. Este material será retido caso sejam necessários testes toxicológicos forenrequisitados.


Nesta terça-feira, 15 de julho, a Polícia Civil encerrou o inquérito e ninguem foi indiciado pela morte da menina, já que o laudo mostra que ela amarrou a corda e se suicidou sozinha.