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14/10/2024 06:00:00

Chanceler defende aliança com Venezuela e propõe “grupo de amigos”


Chanceler defende aliança com Venezuela e propõe “grupo de amigos”

Agora Noltícias Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que não se deve esperar “recrudescimento ou um rompimento” das relações diplomáticas do Brasil com a Venezuela, mesmo que não haja solução para o processo eleitoral do país vizinho, que vem caminhando em funcionamento desde o final de julho. 


Durante seu discurso na CNN Entrevistas, transmitido neste domingo (13), o chanceler disse que o governo brasileiro continuará buscando “um consenso social e político na Venezuela”.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), juntamente com seus colegas da Colômbia e do México, apresentaram-se como interlocutores para uma saída negociada com o regime de Maduro e a oposição.


“Não creio que seja apropriado [...] adiar ou fechar relações diplomáticas com um grande e importante vizinho da Venezuela, como aconteceu no governo anterior, quando fechamos a embaixada, os três consulados e o entorno deixandco mais de 20 brasileiros abandonados. O presidente Lula me pediu para reabrir a embaixada no primeiro ou no segundo dia de seu governo, e nós o fizemos. Portanto, continuaremos a discutir e contribuir para um consenso nacional na Venezuela”, afirmou.


As relações diplomáticas entre os dois países foram suspensas em 2019, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu reconhecer Juan Guaidó, então líder da oposição, como “presidente interino” da Venezuela.

 Retornando ao Palácio do Planato em 2023, Lula decidiu reatar o relacionamento.
Para o chanceler, a atitude de muitos países – inclusive do Brasil – de reconhecer Guaidó como o legítimo presidente da Venezuela foi uma atitude “infantil”, sem consequências.


Mauro Vieira disse que era preciso pensar numa solução como o Grupo de Amigos da Venezuela, criado em 2003 por sugestão do Brasil, que na altura pretendia propor uma saída para a crise política provocada pelo movimento de oposição ao governo de Hugo Chávez. “Temos que pensar em algo assim, onde o governo, a oposição, todos possam falar e saber o que todos querem, o que todos esperam, o que todos podem fazer”, defendeu.
O ministro disse ainda que a adoção de um formato como o do Grupo de Amigos de 2003 depende de um acordo entre todas as partes.


“Não podemos fazer nada sozinhos, porque o que foi feito no passado foi muito contraproducente. Não só pelo governo brasileiro anterior, mas também por um grande número de governos da nossa região que reconhecem outro presidente da República, numa posição que não trouxe nada."
“(Foi) uma coisa quase infantil reconhecer outra pessoa, outra entidade física como presidente da República sem ter voto popular, que ele não teve, foi eleito indiretamente por uma assembleia e que fracassou. Isto só piorou a situação e levou à suspensão das relações diplomáticas”, afirmou.

Vieira disse que a retirada do candidato da oposição Edmundo Gonzalez causou “alguma confusão”.
“Não sei por que motivo e se houve pressão ou não (para que Gonzalez saísse). Sei que o candidato saiu, está no exílio. a bordo de uma aeronave da força aérea de um país terceiro. Desde então, tem havido um certo clima de consternação internacional. Agora estamos protos para continuar o diálogo com o governo e a oposição", enfatizou.



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