De Ascom Sesau
A Secretaria de Saúde do Estado (Sesau) reforça junto à população a necessidade da adoção de medidas preventivas contra a infecção pelo HIV. As orientações vão desde a prática de sexo seguro até o uso de preservativos, tanto externos (masculinos) quanto internos (femininos), até o não compartilhamento de objetos pontiagudos.
Segundo a infectologista da Sesau, Renée Oliveira, o vírus HIV ataca o sistema imunológico, responsável por proteger o organismo contra doenças. As células mais afetadas são os linfócitos TCD4+. O vírus é capaz de modificar o DNA dessa célula e se copiar. Após a multiplicação, destrói os linfócitos em busca de outros para dar continuidade à infecção.
“No caso do sexo protegido, os preservativos estão disponíveis no SUS [Sistema Único de Saúde], apenas para recolhê-los gratuitamente nos postos de saúde municipais.
A medida de não compartilhar seringas é recomendada porque o vírus HIV pode ser contraído pela exposição ao sangue já infectado", explicou Renée Oliveira.
Outra forma de prevenir o HIV é a profilaxia pré-exposição (PrEP), que envolve tomar a pílula antes do sexo. Permite que o corpo se prepare para lidar com um possível contato com o HIV. A profilaxia pós-exposição (PEP) é uma medida preventiva de emergência para infecção por HIV, hepatite viral e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de contrair essas infecções e deve ser utilizado em até 72 horas após qualquer situação que represente risco de contágio.
Em Maceió, o Prep e o PEP estão disponíveis no PAM Salgadinho, no Centro; no hospital Escola Dr. Hélvio Auto, no Trapiche; no Hospital Universitário, no bairro Cidade Universitária; e na Clínica da Família Jacintinho.
Dentro do território, a população pode procurar a Unidade de Pronto Atendimento Irmã Dulce (UPA), em Marechal Deodoro; Hospital Ib Gatto Falcão, em Rio Largo; UPA Dr. David Torres, em Viçosa; Unidade Mista Senador Arnon de Mello, em Piranhas; UPA de Delmiro Gouveia; Hospital Regional Norte (HRN), em Porto Calvo; e UPA Drª Helenilda Veloso, em Palmeira dos Índios.
Diagnóstico
Quanto ao diagnóstico do HIV, o procedimento é realizado por meio de testes rápidos, disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 102 municípios alagoanos e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Nestas unidades, além do diagnóstico, também são transmitidas informações sobre prevenção e tratamento, que se seguidas corretamente, garantem que as pessoas infectadas pelo vírus tenham uma vida normal.
“É sempre importante que a população siga as medidas protetivas para se proteger do HIV. Afinal, a rede pública de saúde disponibiliza mecanismos eficazes de prevenção do vírus, com a distribuição periódica de preservativos”, reforçou o secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda.
Os dados
Segundo a Sesau, em Alagoas, entre janeiro e agosto deste ano, foram notificados 574 novos casos de HIV. No mesmo período do ano passado foram registradas 513 notificações, o que representa um aumento de 11,89%.