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Polícia
10/10/2024 05:00:00

PF: Quadrilha fatura 1 bilhão de reais com contrabando de cigarros e trabalho forçado


PF: Quadrilha fatura 1 bilhão de reais com contrabando de cigarros e trabalho forçado

Com Metrópoles

A megaoperação acontece no Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e Pernambuco. As equipes cumpriram dois mandados de prisão e 39 mandados de busca e apreensão

A Polícia Federal (PF), em parceria com a Receita Federal e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), iniciou operações na manhã desta quarta-feira (9/10) em Sinal de Fumaça, em Uberaba (MG) e Falsa Nicotina, no Departamento Federal


Mais de 150 agentes da Polícia Federal cumpriram dois mandados de prisão, 39 mandados de busca e apreensão, além da ordem judicial de congelamento e apreensão de bens dos suspeitos, todos expedidos pela 2ª Vara de Garantia de Goiânia (GO) e pela Justiça Federal de Uberaba.

A operação acontece no DF, Goiás, Minas Gerais e Pernambuco.


As investigações começaram após denúncias sobre venda de cigarros falsificados ou contrabandeados nos municípios de Valparaíso de Goiás (GO), entorno do Distrito Federal e Uberaba. Em agosto deste ano, a coluna Na Mira revelou, na reportagem especial Rota da Fumaça, que não há obstáculos para impedir que organizações criminosas especializadas no contrabando de cigarros joguem toneladas de tabaco de má qualidade no Brasil, o que aumenta o risco à saúde daqueles que consumir esses produtos.


O Metropoles foi ao Suriname, Belém (PA) e Minas Gerais para seguir a Rota do Tabaco. A investigação também revelou a rotina dos escravos imposta pelas fábricas clandestinas e o processo de falsificação de cigarros.


Os suspeitos que são alvo da operação desta quarta-feira (9/10) administram uma fábrica onde trabalhadores paraguaios são utilizados em condições análogas à escravidão para produzir cigarros falsificados, segundo a PF.


As investigações policiais mostram que os suspeitos iniciaram seu negócio com a venda de cigarros legítimos, mas passaram a desejar maiores lucros e passaram a vender o produto que vem de uma fábrica clandestina, provavelmente localizada em Minas Gerais. Durante as investigações, a PF coletou amostras de cigarros e fumos comercializados, então a perícia e as consultas aos produtores suspeitos confirmaram as suspeitas.


Apesar da simples aparição das distribuidoras investigadas em Valparaíso de Goiás e Uberaba, a análise dos relatórios de inteligência financeira (RIFS) recebidos pela PF revelou a movimentação de R$ 1.473.870.264 pelo esquema.


Além disso, para transportar cargas nas rodovias brasileiras, o grupo falsificou documentos e notas fiscais para evitar fiscalizações.

As investigações também mostraram que os suspeitos se esquivaram das abordagens e dizem que “aprendem cada vez mais” com fiscais e policiais a cada nova operação.


Os investigados poderão enfrentar acusações relacionadas à falsificação de cigarros e documentos fiscais, venda de produtos impróprios para consumo, promoção de trabalho em regime análogo ao de escravidão e lavagem de dinheiro. Juntas, as sentenças podem levar a mais de 48 anos de prisão.



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