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Economia
09/10/2024 12:00:00

Plenário do Senado aprova Galípolo como presidente do Banco Central

Foram 66 votos a favor, cinco contra e nenhuma abstenção.


Plenário do Senado aprova Galípolo como presidente do Banco Central

O plenário do Senado aprovou na tarde desta terça-feira (8/10), o nome de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC) a partir de 2025. Foram 66 votos a favor e cinco contra, sem abstenções.

Ele tomará posse em 1º de janeiro do próximo ano, sucedendo ao atual presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em 31 de dezembro de 2024.

O Mandato de Galípolo dura até o final de 2028. Anteriormente, ele foi ouvido pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que aprovou seu nome por unanimidade. Foram 26 votos a favor e nenhum contra, a sessão de perguntas durou 4 horas e 30 minutos e o economista foi muito apreciado pelos deputados.

Gallipolo passa no seu primeiro teste político. Os senadores lhe perguntaram sobre a autonomia da autoridade monetária e uma possível intervenção governamental. O novo presidente do BC, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou sua independência e negou ter sido pressionado pelo petista. 


Desde que sua nomeação foi confirmada, o sucessor de Campos Neto realizou um amplo “aperto de mão” com pelo menos 50 senadores alinhados ao governo e à oposição, buscando apoio para a sabatina, o que fez em clima tranquilo.

Ele também respondeu a perguntas sobre o andamento da política monetária, o regime de inflação direcionada e também os desafios da autarquia. Esta é a primeira mudança de comando da autoridade monetária na era da autonomia operacional, decretada em 2021.


PERFIL

Gabriel Muricca Galípolo, 42 anos, é formado em economia e mestre em economia política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e mestre em economia política pela mesma instituição. 

Atuou como professor em cursos universitários de 2006 a 2012 na mesma universidade. Também ministrou o curso de MBA em PPP (Parcerias Público-Privadas) e Bolsas na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP-SP).


Sua carreira no setor público começou em 2007, quando foi assessor econômico da Secretaria Metropolitana de Transportes, na gestão do então presidente José Serra. Em 2008, foi diretor da Unidade de Estrutura de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo.


Entre 2017 e 2021, voltou ao setor privado para assumir a presidência do Banco Fator, com foco em parcerias público-privadas e programas de privatizações. 

Também foi pesquisador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) em 2022 e também foi conselheiro da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) entre 2022 e 2023. A partir de junho de 2023, ocupa o cargo de diretor de política monetária do Banco Central. Antes disso, atuou como secretário executivo do Ministério da Fazenda, no início do governo do ministro Fernando Haddad.



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