Na decisão, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou que a PGR não encontrou provas suficientes para sustentar as acusações feitas contra os senadores.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu na última quarta-feira (2) abrir inquérito contra os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL). Neste caso, eles foram acusados ??de aceitar propina para proteger os interesses do grupo Hypermarcas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na decisão, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, justifica que a PGR não encontrou provas suficientes para sustentar as acusações contra Braga e Renani. “Não há provas que demonstrem que os dois homens foram os beneficiários finais dos benefícios ilegais”, disse Gonet.
A investigação foi aberta após Braga e Renan serem citados no depoimento de Nelson Mello, ex-diretor de relações institucionais da Hypermarcas. Segundo ele, as propinas foram negociadas pelo lobista Milton Lyra. Isso levou a Polícia Federal (PF) a indiciar Braga, Renan e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Em nota, o advogado Fabiano Silveira, que defende o senador Eduardo Braga, disse que a PGR se manifestou “em oposição à acusação proposta pela Polícia Federal, qualificando-a de “absolutamente inválida” porque não o fez. respeitar no caso a lei do Supremo Tribunal Federal (STF)”.
A defesa do senador Eduardo Braga sempre esteve convencida de que a investigação seria encerrada, porque esse deveria ser o destino de todas as acusações sem sentido, disse o advogado.
A PGR enfatizou ainda que as movimentações financeiras atípicas atribuídas aos parlamentares não tiveram relação direta com este caso. O pedido de arquivamento se baseia no fato de que a denúncia contra os dois senadores se limitou às palavras do denunciante. Portanto, o caso foi encaminhado à Justiça Federal.
Fonte A Critica