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Saúde
03/10/2024 08:00:00

AVC mata seis pessoas por hora no Brasil

Globalmente, a contribuição das altas temperaturas para problemas de saúde e morte prematura por acidente vascular cerebral aumentou 72% desde 1990.


AVC mata seis pessoas por hora no Brasil

O AVC, uma das principais causas de morte e invalidez no mundo, foi a causa de morte de 39.345 brasileiros entre janeiro e 20 de agosto, segundo os últimos dados do portal de transparência do estado civil administrado pela ARPEN. Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Físicas). Este número equivale a seis mortes por hora.


Embora seja uma doença amplamente evitável e tratável, em todo o mundo o número de casos de AVC aumentou 70% entre 1990 e 2021, de acordo com um estudo publicado recentemente na revista científica The Lancet Neurology. Além disso, segundo o estudo, houve um aumento de 44% nas mortes por acidente vascular cerebral, além de um aumento de 32% na deterioração da saúde da doença.


Segundo a análise dos investigadores, este aumento pode ser atribuído ao crescimento populacional e ao crescente envelhecimento da população global, bem como à maior exposição a fatores de risco comportamentais e ambientais. 

Neste último aspecto, o estudo destacou que, no total, 84% da carga de doenças em 2021 está ligada a 23 factores de risco modificáveis, incluindo o calor e a poluição do ar, enquanto a hipertensão arterial (“pressão arterial elevada”) continua a ser a líder fator de risco para acidente vascular cerebral. 

Esta é a primeira análise a mostrar que a poluição atmosférica por partículas é um importante fator de risco para acidente vascular cerebral hemorrágico, contribuindo para 14% das mortes e incapacidades associadas a este subtipo de acidente vascular cerebral, um nível comparável ao risco associado ao tabagismo.

Em tempos de crise climática, não só no Brasil, mas em todo o planeta, enfrentar um golpe torna-se um desafio. “As alterações climáticas têm um impacto direto na saúde pública, agravando condições já preocupantes e criando riscos.

O calor extremo, por exemplo, pode levar à desidratação, o que aumenta a viscosidade do sangue e, portanto, o risco de coagulação. Além disso, o calor provoca estresse no sistema cardiovascular, aumentando a pressão arterial e a frequência cardíaca, dois fatores que contribuem para o desenvolvimento do AVC”, explica a pesquisadora e neurologista Sheila Ouriques Martins, que dirige a Rede Brasil AVC e a Organização Mundial da Saúde.


Relativamente à poluição, o especialista explica que, sobretudo a inalação de partículas finas e gases tóxicos, tem sido associada a inflamações e danos nos vasos sanguíneos. Essas partículas podem causar estresse oxidativo e inflamação sistêmica, levando ao estreitamento das artérias e ao comprometimento do fluxo sanguíneo. “Estudos mostram que a exposição prolongada à poluição atmosférica pode aumentar a incidência de AVC, especialmente entre populações vulneráveis, como idosos e pessoas com doenças pré-existentes”, afirma.


Pressão sobre o sistema de saúde

O presidente da Rede Brasil AVC e do WSO indica que outro aspecto importante da atual crise climática é a pressão sobre os sistemas de saúde. “Em tempos como estes, os serviços de saúde podem ficar sobrecarregados e desorganizados, dificultando a resposta a emergências médicas como o AVC. A combinação do aumento das taxas de AVC e da capacidade de resposta limitada dos serviços de saúde representa um cenário preocupante”, enfatiza.


Outros fatores de risco


Além da hipertensão, o sedentarismo, o excesso de peso, o tabagismo, o abuso de álcool e a má alimentação são outros fatores que contribuem para o risco de acidente vascular cerebral. Em outubro, uma campanha de um mês, com foco no dia 29 de outubro – Dia Mundial do AVC – destaca a importância de controlar esses fatores, pois até 90% dos AVCs podem ser evitados. verificações regulares; monitoramento da pressão arterial; alimentação saudável. 

Praticar exercícios e evitar fumar são alguns dos destaques para a prevenção. “O combate ao AVC exige uma abordagem multidimensional, com a implementação de políticas integradas que promovam a saúde pública e a proteção ambiental. Precisamos de promover estilos de vida saudáveis ??e garantir a igualdade de acesso à ‘assistência’, sublinha Sheila. “Só através de uma abordagem colaborativa e abrangente será possível mitigar os impactos dos fatores de risco na incidência do AVC e proteger a saúde das populações em todo o mundo”, 

Com Notícias ao Minuto



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