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Acidente
03/10/2024 06:00:00

Entenda como será a operação de repatriação dos brasileiros do Líbano

O primeiro voo da FAB partiu nesta quarta-feira (2/10) com destino a Beirute para resgatar brasileiros da zona de conflito entre Israel e Hezbollah


Entenda como será a operação de repatriação dos brasileiros do Líbano

O primeiro voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para resgatar brasileiros no Líbano decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), nesta quarta-feira (2/10).

A viagem faz parte da operação Raízes de Cedro, que visa repatriar nacionais que manifestaram interesse em retornar ao Brasil após a escalada das tensões entre Israel e o Hezbollah.


Até esta terça-feira (1/10), 3 mil pessoas haviam pedido ajuda ao governo brasileiro para deixar o país, alvo dos atentados. Neste primeiro voo, está previsto o retorno de 220 brasileiros. 

O KC-30 está programado para fazer escala em Lisboa, Portugal, e depois partir para o Aeroporto de Beirute. Detalhes do voo de volta ainda não foram revelados.


O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, anunciou que a retirada será feita de forma prioritária, com prioridade para mulheres, crianças, idosos e enfermos. "[Os interessados] devem manifestar a vontade definitiva de vir. Sem dúvida, será dada prioridade aos idosos, às mulheres, às grávidas, às crianças, aos doentes, aos mais necessitados", explicou o ministro.


Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), além da tripulação, a equipe de resgate conta com militares do setor de saúde (médico, enfermeiro e psicólogo) para apoiar os repatriados. O avião KC-30, que salvará os brasileiros, é um Airbus A330-200, o maior avião da frota da FAB. Este modelo também foi utilizado durante o repatriamento de cidadãos da Faixa de Gaza no ano passado, quando eclodiu o conflito entre Israel e o Hamas. O avião tem capacidade para até 238 passageiros, 45 toneladas de carga e pode percorrer uma distância de 14,5 mil quilômetros.


CUSTO


Autoridades do Itamaraty e brasileiros no Líbano criticaram a demora do governo brasileiro em anunciar um plano de evacuação para a região. Além dos mais de 3 mil cidadãos brasileiros, outros 9 funcionários do MRE também chegaram na tentativa de trazer seus familiares ao Brasil com segurança. Na segunda-feira (30/9), o Sindicato Nacional dos Empregados do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) manifestou preocupação e destacou o “medo crescente da comunidade brasileira no país”.


Questionado por repórteres, Lula reiterou que repatriaria quando necessário e criticou a atuação das forças israelenses.


"Faremos isso onde for necessário. O que lamento é o comportamento do governo israelense. É inexplicável que o Conselho da ONU [Organização das Nações Unidas] não tenha autoridade moral e política para trazer Israel a uma mesa para discutir. de apenas saber matar”, disse ele. Pelo menos cinco brasileiros morreram desde que o bombardeio israelense começou na região, em 23 de setembro. Dois deles eram adolescentes.


Com Metrópole



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