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Geral
02/10/2024 07:00:00

Mina 18 da Braskem apresentou movimentos diz denúncia

Manchas de óleo teriam sido vistas na Lagoa mas Defesa CVivil diz que nada foi detectado


Mina 18 da Braskem apresentou movimentos diz denúncia

Quase um ano após o seu colapso, a Mina 18, instalada pela Braskem na Lagoa Mundaú, no bairro Mutange, em Maceió, apresentava sinais de que ainda estava em operação. A informação circulou nas redes sociais no domingo (29/9), com base nas imagens captadas por uma plataforma de observação sistemática, que teria registrado, na atualização número 142, um movimento atípico das águas da  Lagoa Mundau, e também observado manchas de óleo  na área.


“Imagens captadas pelo Drone Ewerton MCZ, divulgadas pela bióloga Neirevane Nunes, mostram a movimentação na Mina 18, que, segundo a Braskem, foi desativada, após o rompimento, no início da tarde do dia 10 de dezembro do ano passado.

Naquele dia, em 24 horas, a superfície da mina moveu-se 12,5 centímetros", informaram sites de notícias no fim de semana passado. Porém, as informações não incluem relatório técnico que valide a movimentação da mina. Em nota sobre a suposta movimentação da Lagoa Mundaú, a Defesa Civil de Maceió indicou que “os equipamentos de monitoramento não registraram nenhuma movimentação anormal na área da mina 18 e portanto não há necessidade de “notificação”.
Segundo o memorando, “a área é monitorada 24 horas por dia, 7 dias por semana”.

 Além disso, “A Marinha do Brasil realizou vistoria in loco no domingo (29/9) e constatou que não havia solução nem corpo estranho, apesar do vídeo que circulou nas redes sociais de uma suposta movimentação na lagoa Mundaú” .


DEFESA CIVIL

Para a bióloga Neirevane Nunes, atuante no movimento nacional contra a mineração predatória (MAM), “a nota da Defesa Civil de Maceió é uma resposta vazia. Uma resposta como a da Defesa Civil tende a negar um problema, minimizar o fato e não dê uma explicação sobre o que está acontecendo. Estávamos aguardando uma resposta que comprovasse o fato e coletar e analisar a substância observada na Laguna Mundaú, é isso que deve ser feito. E não diga apenas que não há nada com que se preocupar. Diante do que vivemos no final do ano passado, a Defesa Civil perdeu credibilidade”.


“Quando os moradores do Condomínio Morada das Árvores sentiram os terremotos, a Defesa Civil Municipal declarou inicialmente que não havia sinais de tremores e que tudo estava sob vigilância, quando o diretor do prédio anunciou publicamente que teve acesso à investigação conduzida por a Universidade de Brasília (UNB) desses terremotos, foi que a Defesa Civil reconheceu sua ocorrência, mas continuou afirmando que não se tratava de “motivo de preocupação porque estava tudo sob observação e o que temos?” Nota publicada pela Braskem sobre o rompimento da Mina 18, que também informa o momento previsto para o rompimento. O que a sociedade merece e precisa são respostas concretas”, acrescentou Neirevane.


NOTA DA BRASKEM

A Braskem também negou qualquer movimento anormal próximo à Mina 18 ou derramamento de óleo na Lagoa Mundaú, no trecho da Levada ao Flexal de Baixo, em Bebedouro. Através do seu departamento de comunicação, a mineradora afirma o seguinte:

“A Braskem informa que os sistemas de monitoramento geotécnico e ambiental não detectaram alterações atípicas na região da Cavidade 18, nem as fiscalizações de campo identificaram a presença de materiais estranhos ou óleo na Lagoa Mundaú. A área continuará sendo monitorada por equipes técnicas especializadas.

Fonte Tribuna Hoje



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