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02/10/2024 08:00:00

Afinal, o leite é realmente inflamatório?

Edna Freignan, professora do curso de nutrição da Faculdade Anhanguera, explica se a composição dos lácteos faz mal à saúde


Afinal, o leite é realmente inflamatório?

À medida que crescem as preocupações com a saúde e cresce o interesse em dietas anti-inflamatórias, surge uma questão fundamental: o leite é realmente anti-inflamatório?

Estudos recentes mostram que o consumo de leite e derivados não tem efeito pró-inflamatório em adultos saudáveis ??com sobrepeso, obesidade ou síndrome metabólica, ou diabetes mellitus, a maioria dos estudos sugere um importante efeito antiinflamatório. inflamatório. O efeito inflamatório desses produtos em pessoas saudáveis ??ou que sofrem de distúrbios metabólicos, segundo informações do Journal Advances in Nutrition.

Edna Freignan, professora do curso de nutrição da Faculdade Anhanguera, indica que o consumo de laticínios não é inflamatório, pelo contrário, está associado à diminuição dos níveis de PCR (Proteína C Reativa), marcador de inflamação. . 

Os mecanismos desses efeitos incluem a ação de ácidos graxos específicos e a presença de peptídeos bioativos nos produtos lácteos, que possuem propriedades antiinflamatórias e antioxidantes. “É importante esclarecer que o leite não causa mais inflamação quando a pessoa está doente”.

Os produtos lácteos são uma fonte valiosa de muitos nutrientes essenciais, como o cálcio, que é essencial para ossos e dentes saudáveis. O consumo regular de leite está associado a diversos benefícios à saúde, incluindo a prevenção de doenças crônicas, doenças cardiovasculares e osteoporose, além de contribuir para um melhor desempenho cognitivo.


No entanto, os especialistas alertam que o leite pode ser problemático para quem é alérgico à proteína do leite de vaca (APLV) e desencadear uma resposta inflamatória. “No entanto, para quem não tem alergia, o consumo de leite pode ajudar a melhorar os marcadores inflamatórios em adultos. Para pessoas com intolerância à lactose, o consumo de leite pode variar de acordo com o grau de intolerância (leve, moderada ou grave), o que permite consumir quantidades que sintam. Além disso, podem optar por leite sem lactose ou usar suplementos de lactase para auxiliar na digestão ao consumir laticínios.

Os principais tipos de leite disponíveis no mercado diferem no teor de gordura, na adição ou exclusão de nutrientes específicos e no tipo de tratamento térmico utilizado durante a produção. “É importante ressaltar que a escolha do tipo de leite deve ser feita individualmente e não está diretamente relacionada a um possível efeito inflamatório. Na verdade, estudos destacam um efeito antiinflamatório, além dos benefícios que o consumo de laticínios pode trazer”, enfatiza.

Recentemente, o leite do tipo A2A2 começou a ser comercializado no Brasil, proveniente de rebanhos cujos animais possuem apenas o gene A2A2, que produz a proteína A2 β-caseína. “Essa diferença é importante porque a β-caseína A1 pode causar distúrbios gastrointestinais em algumas pessoas que consomem leite de vaca, mesmo que não sejam intolerantes à lactose.

Além disso, existe uma crença popular de que o leite UHT é perigoso, mas isso não é verdade. O leite UHT passou por um processo muito seguro e válido desde meados do século XX, o que garante sua qualidade e segurança microbiológica”, explica. Por fim, Edna destaca ainda que crianças que consomem a quantidade recomendada de laticínios apresentam menor risco de carência de nutrientes essenciais, como cálcio, magnésio, fósforo, proteínas, riboflavina, vitaminas A, B12 e D, selênio, potássio e colina. . O leite pode ajudar a controlar a pressão arterial e reduzir o risco cardiovascular e tem efeitos contra a obesidade e o diabetes.

Fonte Notícias ao Minuto



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