Dois anos se passaram desde que a Rússia ocupou ilegalmente quatro territórios ucranianos, o que gerou condenação internacional. Num discurso gravado, o presidente russo voltou a defender a “legitimidade” da incursão em território ucraniano.
O presidente russo, Vladimir Putin, assinalou o segundo aniversário da chamada “anexação” de quatro regiões ucranianas pelo Kremlin.
Num discurso gravado na segunda-feira, o presidente russo acusou o Ocidente de transformar a Ucrânia numa “base militar dirigida contra a Rússia”, dizendo que Moscovo está a tentar resolver o conflito pacificamente.
“Não só Donbass, mas também a Crimeia e outras regiões russas foram designadas como alvos”, disse Putin. "Os desenvolvimentos subsequentes confirmaram plenamente a necessidade e a validade da operação militar especial, a sua verdadeira natureza libertadora."
Putin também disse que a Rússia está orgulhosa dos seus soldados que lutam na Ucrânia e nas regiões fronteiriças da Rússia. “Não abandonámos os nossos irmãos e irmãs”, enfatizou o presidente russo.
“Hoje, juntos defendemos um futuro seguro e próspero para os nossos filhos e netos, o nosso destino comum, a memória das conquistas e vitórias dos nossos grandes antepassados, a lealdade às suas tradições e aos seus desejos”, afirmou.
Meses depois de a Rússia ter lançado a sua invasão em grande escala da Ucrânia em Fevereiro de 2022, o país reivindicou as regiões de Lugansk, Donetsk, Zaporizhia e Kherson. A Rússia não controla totalmente todo o território destas regiões e os combates continuam, com pesados ??ataques aéreos russos devastando a região.
As chamadas anexações de antigos territórios ucranianos, como a Crimeia em 2014, foram rejeitadas pelos governos ucranianos e ocidentais como ilegais.
A guerra na Ucrânia está no seu terceiro ano.