O exército israelense realizou novos ataques neste domingo (29) contra alvos do Hezbollah no Líbano, matando mais de 100 pessoas. A ofensiva ocorre dois dias depois da morte de Hassan Nasrallah, líder do grupo islâmico libanês, num atentado bombista israelita que também matou dezenas de membros do Hezbollah. Noutra medida, Israel disse ter atingido alvos rebeldes Houthi no oeste do Iémen. Os rebeldes, apoiados pelo Irão, afirmam ter disparado um míssil no aeroporto de Tel Aviv.
Segundo a imprensa iemenita, quatro pessoas perderam a vida nos atentados. Após os ataques, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse que “nenhum lugar é longe demais” para as forças israelenses. Os militares disseram que atingiram 120 alvos no Líbano, incluindo áreas de Beirute controladas pelo Hezbollah. Segundo correspondentes locais, foram ouvidas explosões e nuvens de fumaça foram vistas nos arredores da capital libanesa.
O Ministério da Saúde libanês atualizou o número de mortos, relatando 105 mortos e 359 feridos. Em resposta aos ataques, o presidente dos EUA, Joe Biden, alertou para a necessidade de evitar a “guerra total” no Médio Oriente. O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, chegou ao Líbano para discutir a crise e oferecer ajuda humanitária.
O Hezbollah, que continuou a disparar foguetes contra Israel, enfrenta agora o desafio de decidir como responder à morte do seu líder, Nasrallah, um dos homens mais influentes do Líbano. O Irã, aliado do grupo, também ameaçou retaliação. Especialistas afirmam que o conflito coloca o Irão num “dilema difícil”, uma vez que a República Islâmica acabou por estar diretamente envolvida no confronto. A crise também gerou deslocamentos massivos de civis.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse que até um milhão de pessoas poderiam ser forçadas a deixar suas casas devido aos bombardeios israelenses, enquanto a ONU estima que mais de 250 mil pessoas já foram deslocadas dentro ou fora do país.
*Com informações da AFP
Jovem Pan