O Ministério Público Eleitoral solicitou, neste sábado (28), a título liminar (decisão do tribunal provisório), a suspensão imediata das atividades de campanha no município de Taquarana, localizado na região do Agreste de Alagoas.
Na denúncia apresentada, o procurador Kleytionne Sousa afirmou que a intensificação política, às vésperas das eleições, provocou um “estado de violência entre os moradores, abalando assim a população e a sensação de segurança na cidade”. O pedido solicitado pelo MPE será analisado pelo juiz que atua no 45º Distrito Eleitoral.
Na petição, o Ministério Público esclarece que as cartas enviadas pelas coligações, bem como as informações recolhidas durante a fiscalização das atividades de campanha realizada este sábado, contêm indícios de violações da ordem pública:
“Os atos de violência direcionados são, entre outros, perseguições a candidatos, publicações e discursos com conteúdo violento contra candidatos da oposição, como a publicação de um vídeo de pessoas açoitando uma carta-caixão que trazia a foto e a oposição. postagens que incitam ao ódio, bem como manifestações partidárias que terminam com ataques à integridade física dos participantes, causando o colapso da saúde da cidade.
Segundo Kleytionne Sousa, uma das cartas enviadas ao deputado eleitoral dizia que, durante uma campanha pública, um apoiante de uma das coligações confirmou que, no dia 6 de outubro, a vitória vai para o grupo político que apoia e que “depois de 18 horas: 00h, o candidato derrotado foi “espancado e calado”, demonstrando o preconceito agressivo que os atos partidários estão presentes na cidade.
Requisitos
Temendo que a continuação destas actividades possa conduzir a alguns outros crimes, como o homicídio, o eurodeputado pediu a suspensão de todos os atos previstos até à data das eleições, para garantir a integridade dos cidadãos.
Outra parte da acção diz: “Estas acções constituem uma violação aberta dos princípios de civilidade e transparência que devem nortear qualquer processo eleitoral, pondo em perigo a segurança dos cidadãos e a legitimidade do processo eleitoral”.
Além disso, o Ministério Público solicitou às autoridades policiais a abertura de uma investigação para identificar os responsáveis ??pelos atos de violência, com consequência na responsabilidade criminal e eleitoral dos envolvidos.
/Ascom MPE