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Acidente
29/09/2024 00:00:00

Invasão russa na Ucrânia viola a Carta da ONU, afirma António Guterres

O secretário-geral pede mais apoio internacional para atender às necessidades humanitárias.


Invasão russa na Ucrânia viola a Carta da ONU, afirma António Guterres

Durante uma sessão do Conselho de Segurança que discutiu a situação na Ucrânia, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a Carta das Nações Unidas é clara: todas as disputas internacionais devem ser resolvidas pacificamente.

Para o líder da ONU, a anexação da Crimeia pela Rússia há uma década e os ataques à Ucrânia, que começaram em 2022, violam esses princípios fundamentais, sendo a população civil a maior prejudicada.

Apoio da comunidade internacional

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que participou da sessão, afirmou que “a Rússia só pode ser forçada à paz”. Em contrapartida, o representante russo na ONU, Vasily Nebenzya, criticou o formato da reunião, alegando que ela seguia apenas a agenda do Ocidente.

Guterres ressaltou que o número de mortos continua a subir, e que 10 milhões de ucranianos foram forçados a deixar suas casas desde o início da invasão. Apesar dos enormes desafios, o secretário-geral garantiu que as Nações Unidas permanecem totalmente engajadas, sendo a maior presença internacional na Ucrânia.

Mais apoio é necessário

No entanto, Guterres frisou a necessidade de mais apoio internacional para atender às necessidades dos civis. Cerca de 15 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária, mais da metade deles mulheres e meninas, e, com a chegada do inverno, menos da metade dos recursos solicitados foi arrecadada.

Ele também lembrou que o país precisa de suporte para os esforços de reconstrução, especialmente na restauração do sistema de energia, que tem instalações nucleares sob controle russo.

Em seu discurso, o secretário-geral pediu a todas as partes que ajam com responsabilidade e “evitem qualquer ação ou declaração que possa agravar ainda mais a situação já preocupante”.

Tensões e divisões globais

Guterres alertou que, quanto mais o conflito se prolongar, maior será o risco de agravamento e ampliação do conflito, com impactos que ultrapassam a região e aprofundam as tensões e divisões globais. Ele destacou que, em um momento em que o mundo precisa “urgentemente de mais cooperação e ação coletiva”, a guerra representa uma ameaça à estabilidade global.

Ainda assim, Guterres citou a Iniciativa do Mar Negro e as contínuas trocas de prisioneiros de guerra como provas de que, quando há vontade política, a diplomacia pode triunfar, mesmo nos momentos mais difíceis



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