Se o possível regresso ao horário de verão desanima algumas pessoas que se queixam de ter de se levantar mais cedo para ir trabalhar, devido à mudança do horário de 1, outras alegram-se, porque é possível aproveitar mais a luz do dia e praticar atividades ao ar livre mais tarde.
O setor hoteleiro estima, por exemplo, que as taxas de ocupação poderão aumentar com uma possível recuperação no verão.
“Isso é muito importante, principalmente em hotéis localizados em áreas de entretenimento e em cidades de entretenimento, como no litoral. A hora do dia não é decisiva [devido ao aumento da ocupação], mas há uma relativa capacidade de influência”, afirmou. o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira de São Paulo.
O aumento da procura também afeta o valor das tarifas dos hotéis. Segundo Marcos, o aumento do calor do verão tem impacto positivo na hotelaria, mas tem chamado a atenção do consumidor: “não deixe para o último minuto”.
"Os preços estão muito ligados à procura. Acho que um bom momento para garantir boas taxas é agora, entre o final de setembro e o início de outubro. Temos boas expectativas e a hora do dia tem esse impacto positivo", acrescentou.
Contas de eletricidade mais baratas? Estimativa feita pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostra que a adoção do horário de verão poderá levar a uma redução de até 2,9% na demanda de energia elétrica do ponto no Brasil. O dado corresponde a aproximadamente R$ 400 milhões de economia para a operação do Sistema Interligado Nacional entre outubro e fevereiro.
Para o economista André Braz, o principal argumento a favor da volta ao horário de verão está na economia de energia, porque essa mudança ajuda a reduzir a sobrecarga do sistema elétrico nos horários de pico.
“Com dias mais longos, utilizamos mais luz solar, o que reduz o consumo de energia elétrica nas primeiras horas da noite, entre 18h e 21h”, explica.
Contudo, segundo o especialista, o impacto no bolso do consumidor face ao valor da conta de luz “pode ser pequeno”, porque o calor intenso aumenta a utilização de eletrodomésticos, como ventiladores e ar condicionado.
“O perfil de consumo mudou, com o aumento do uso de eletrônicos e principalmente de ar condicionado, que são utilizados de forma mais intensa no período quente, independente da quantidade de sol. Portanto, o consumidor não consegue perceber uma redução significativa no consumo de energia elétrica. conta", explicou.
O economista destaca que os setores que atuam no turismo ou no entretenimento são os maiores beneficiários, “dias mais longos incentivam o turismo, principalmente em regiões onde a procura por atividades ao ar livre é maior”.