05/10/2024 07:26:24

Guerra
25/09/2024 02:00:00

Rússia relata 56 mortos e 770 desaparecidos na ocupação ucraniana de Kursk

Moscou acusa Kiev de 'atirar na população civil russa, incluindo mulheres, crianças e idosos', e diz que 11 menores foram feridos na operação


Rússia relata 56 mortos e 770 desaparecidos na ocupação ucraniana de Kursk

Desde que as forças ucranianas cruzaram a fronteira e ocuparam Kursk, na Rússia, pelo menos 56 pessoas foram mortas, 266 feridas e 770 desaparecidas na região. Os números foram divulgados pelo governo russo e reproduzidos pelo jornal The Moscow Times.


“Isto é apenas parte do que temos certeza”, disse Rodion Miroshnik, enviado especial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia para os “crimes do regime de Kiev”. Segundo ele, entre os feridos estão 11 crianças.


A ofensiva ucraniana já tinha forçado as autoridades russas a evacuar mais de 150 mil residentes de zonas próximas da fronteira com a Ucrânia. No início de Setembro, o Governador Alexei Smirnov disse que as pessoas deslocadas devido aos confrontos fronteiriços tinham “se mudado para áreas seguras”. No entanto, as acusações feitas por Moscovo contra Kiev lembram as feitas contra as próprias tropas russas.


“As forças armadas ucranianas na região de Kursk dispararam contra a população civil russa, incluindo mulheres, crianças e idosos, nas suas casas e durante uma tentativa de evacuá-los em veículos civis”, disse o parlamentar Maxim Grigoriev.


Estas declarações, no entanto, foram desmentidas pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Heorhiy Tykhyi.


"Dada a longa história de números falsos e propaganda da Rússia, simplesmente não há forma de verificar as suas afirmações. Se a Rússia quiser mostrar a situação real no terreno, pode dar esse acesso à ONU (Organização das Nações Unidas) e ao CICV (Comité Internacional da Cruz Vermelha)", disse Tykhyi, segundo a Reuters.


A ação militar em Kursk, segundo Kiev, foi realizada para manter as forças de Moscou longe da fronteira. Assim, as tropas russas teriam mais dificuldade em fazer novas incursões em território ucraniano e seriam forçadas a retirar a sua artilharia da linha da frente, comprometendo assim a sua capacidade ofensiva.


Ao mesmo tempo, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reconheceu no final de Agosto que a ocupação do território russo também daria a Kiev uma vantagem em potenciais negociações de paz com Moscovo.



Enquete
Você Aprova o retorno do Horário de Verão?
Total de votos: 39
Google News