Gusttavo Lima pode revogar prisão com base no caso de Deolane Bezerra

A defesa do cantor Gusttavo Lima tenta cancelar sua detenção, decretada na segunda-feira (23/9), utilizando a mesma estratégia que garantiu a libertação de Deolane Bezerra. O advogado do cantor, Nelson Wilians, disse que já apresentou um pedido com base na decisão do tribunal a favor de outras pessoas investigadas no âmbito da Operação Integração, acusadas de lavagem de dinheiro e jogos de azar ilegais.

“O mesmo pedido que foi acatado pelos donos da empresa Vai de Bet foi enviado por nós ao Recife para reconsiderar a prisão de Gusttavo Lima”, disse Wilians.

Ele ressaltou ainda que, diferentemente dos demais investigados, Lima não tem restrições para continuar exercendo sua profissão de cantor.

Na noite desta segunda-feira, a Justiça de Pernambuco decidiu libertar Deolane e outros alvos da operação, porque a continuação das prisões sem provas suficientes para apresentar uma denúncia formal poderia constituir “coação ilegal”. O juiz Eduardo Guilliod, que concedeu o habeas corpus, estabeleceu que os investigados devem ser afastados das decisões empresariais e não promover plataformas de jogos, mas concluiu que não havia provas concretas que os mantivessem na prisão.

Porém, enquanto Deolane era libertada, a juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, determinou a prisão preventiva de Gusttavo Lima. A decisão baseou-se na evidência de que o cantor teria protegido fugitivos ligados à investigação, exceto a viagem à Grécia acompanhada dos investigados, que não retornaram ao Brasil após a viagem.
A ligação entre a prisão de Gusttavo Lima e a de Deolane Bezerra está na tentativa da defesa de usar precedentes que resultaram na absolvição de outros suspeitos. O argumento central é que, assim como no caso de Deolane, não haveria provas concretas suficientes contra Lima para justificar sua prisão preventiva. Segundo a defesa, o cantor teria cooperado na operação e agora o pedido de liberdade foi submetido para análise.

O mesmo argumento que garantiu a libertação de Deolane, alegando falta de elementos consistentes para manter a prisão, deverá ser aplicado ao caso da cantora.

Fonte ultimosegundo.ig.com