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As inundações continuam a assolar partes da Europa à medida que a tempestade Boris prossegue o seu caminho de destruição.
Na quinta-feira graves inundações atingiram a região de Emilia-Romagna, no norte de Itália, obrigando a retirar de várias localidades cerca de mil pessoas.
Nas províncias de Ravenna, Bolonha e Faenza, onde os rios transbordaram, as autoridades locais exortaram as pessoas a permanecerem nos andares superiores das suas casas ou a abandoná-las de imediato.
Pelo menos 800 habitantes de Ravenna e quase 200 de Bolonha passaram a noite em abrigos, escolas e centros desportivos.
Também as escolas foram encerradas e os comboios suspensos. Os habitantes foram aconselhados a evitar viajar e a trabalhar a partir de casa, se possível.
Também na Chéquia as inundações voltaram a ameaçar novas regiões.
O ministro do Interior checo, Vit Rakusan, disse que se registou mais uma vítima mortal na quinta-feira, no nordeste do país, elevando o número de mortos para cinco.
Na região nordeste, militares juntaram-se aos bombeiros, e a outros serviços de emergência, para ajudar nos esforços de limpeza e recuperação.
Os helicópteros distribuíram ajuda humanitária e os militares construíram pontes temporárias para substituir as arrastadas pelas inundações.
Cerca de 400 pessoas permaneceram em centros de acolhimento na capital regional de Ostrava, sem poderem regressar a casa.
Na quinta-feira, os habitantes da cidade de Klodzko, no sudoeste da Polónia, começaram a limpar os danos causados pelo rio Nyza, que subiu quase três vezes acima do seu nível de alarme no domingo.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, visitou a cidade na quarta-feira e afirmou que a situação em Klodzko era a mais dramática de todo o país.
O nível de inundação de 6,65 metros ultrapassou o anterior máximo de uma inundação histórica de 1997.
A destruição das casas dos habitantes da Baixa Áustria foi tão grande que atualmente existe uma enorme quantidade de lixo, no entanto, a grande central de incineração de resíduos de Dürnrohr está inundada e, por isso, parada.
As inundações na Europa Central e os incêndios mortais em Portugal são a prova de um “colapso climático” que se tornará a norma, a menos que sejam tomadas medidas drásticas, afirmou Janez Lenar?i?, Comissário Europeu para a Gestão de Crises, de da UE na quarta-feira.