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Repórter Maceió
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) voltou a reforçar a importância das medidas de prevenção contra a influenza, uma infecção aguda do sistema respiratório com alto potencial de transmissão. Segundo dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP/Gripe) do Ministério da Saúde, o número de óbitos provocados pela doença triplicou entre janeiro e agosto deste ano. Durante este período, foram registradas 46 mortes e 224 casos de influenza, em comparação a 15 mortes e 74 casos no mesmo período do ano passado.
Em entrevista, o médico infectologista Renee Oliveira, chefe do Gabinete de Combate às Doenças Infectocontagiosas da Sesau, explicou que a influenza é um tipo de gripe que se espalha facilmente devido à sua forma de transmissão, que ocorre principalmente através de gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro. Oliveira destacou que os vírus influenza responsáveis pelas epidemias sazonais são dos tipos A e B, com o influenza A frequentemente associado a grandes pandemias. Subtipos como H1N1 e H3N2 pertencem a essa categoria, sendo o H1N1 o de maior taxa de mortalidade.
Ele alertou para a gravidade que a influenza pode assumir em alguns casos, levando à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). “A SRAG pode levar à hospitalização e até a óbito. Ela se diferencia do resfriado comum, que é geralmente causado por outros vírus como rinovírus e vírus sincicial respiratório, e tende a apresentar sintomas mais leves e menos complicações”, explicou.
Entre os sintomas mais comuns das infecções respiratórias causadas pelo vírus da influenza estão febre, tosse, calafrios, dor de garganta, coriza e dor de cabeça. Oliveira enfatizou a importância de procurar atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima ao perceber qualquer sinal de agravamento desses sintomas.
Além da vacinação, que é uma das principais medidas preventivas contra a gripe, outras práticas também são recomendadas para reduzir a transmissão do vírus. A ventilação adequada dos ambientes e o cuidado com pessoas sintomáticas são medidas eficazes para diminuir a contaminação. O infectologista destacou que a transmissão ocorre principalmente de forma direta, de pessoa para pessoa, através das gotículas expelidas por indivíduos infectados. Estas gotículas podem chegar à boca ou nariz de pessoas próximas e, em alguns casos, ser inaladas até os pulmões. Também pode haver transmissão pelo ar, quando partículas menores, residuais, são inaladas a distâncias superiores a um metro.
Em meio ao cenário de aumento de casos, a Sesau intensifica as campanhas de conscientização sobre a importância de seguir essas medidas preventivas, especialmente a vacinação, para proteger a saúde pública e conter a propagação do vírus. Lee Bowser, diretor de campanha, destaca que é crucial que a população compreenda e adote essas práticas para minimizar o impacto da influenza na sociedade.
