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Investigações da Polícia Federal indicam que, somente entre janeiro e março deste ano, o CPF do ministro Alexandre de Moraes foi consultado no sistema sete vezes por logins no Infoseg vinculados a servidores públicos lotados em quatro estados: São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Alagoas.
Em Alagoas, um soldado da Polícia Militar está entre os investigados, após ter procurado dados pessoais do ministro no portal no dia 24 de março deste ano.
O Infoseg é uma rede nacional que integra informações dos órgãos de Segurança Pública, Justiça e de Fiscalização do país e ao qual apenas agentes públicos da área têm acesso. A base de dados permite acessar informações pessoais como endereços, telefones de contato, nome de pai e mãe, eventuais processos judiciais e eventuais registros de veículos e armas em nome da pessoa.
A decisão do ministro que determinou a suspensão da plataforma X no Brasil tem como base uma investigação sobre vazamentos de dados pessoais de delegados da Polícia Federal, do próprio magistrado e de um empresário em uma ação coordenada para expor os agentes na internet.
A rede que acessou informações pessoais e sigilosas engloba o login no sistema Infoseg de 25 servidores públicos espalhados pelos estados que exercem diferentes atividades. Existe a possibilidade de que, em alguns casos, os servidores tenham sido vítimas de hackers que violaram um sistema sigiloso utilizando a credencial de acesso dos funcionários.
Os dados mostram que o nome e os dados pessoais de Moraes continuam sendo buscados por servidores de diferentes regiões do país, mesmo após o ministro autorizar várias operações para desmantelar o grupo que atuava na chamada "Abin paralela" montando dossiês e monitorando até ministros do Supremo, segundo as investigações.