Segundo o secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, o projeto tem como missão fundamental evitar a necessidade de traqueostomias em crianças. “O impacto negativo de uma traqueostomia em uma criança é enorme. Muitas vezes, ela para de falar, não consegue se alimentar corretamente, não sente cheiro e pode ter o desenvolvimento cognitivo atrasado. Estamos empenhados em evitar esses problemas,” destacou o médico.
A iniciativa não seria possível sem o esforço de uma equipe multidisciplinar, que atua nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para prevenir as complicações associadas às doenças obstrutivas das vias aéreas. O cirurgião torácico Wander Mattos enfatiza a importância dessa abordagem holística: “É a primeira vez que Alagoas consegue manter uma linha de cuidado tão completa. Oferecemos suporte às crianças nas UTIs e seguimos acompanhando até que possam viver sem a traqueostomia.”
Mattos compartilha a satisfação de ver a transformação na vida das crianças beneficiadas. “Mudamos a vida destas crianças, realizando cirurgias de alta complexidade que lhes permitem uma vida digna. Elas voltam a falar, desenvolvem a cognição, recuperam o olfato e vivem como crianças deveriam viver,” frisou.
Um exemplo do impacto positivo do Projeto Respirar é a pequena Marília, de 3 anos, que tem sido acompanhada de perto pela equipe. Sua mãe, Maria Eduarda, expressou gratidão pela mudança na qualidade de vida da filha. “Marília tinha muitas crises e ficou roxinha diversas vezes. Hoje, graças ao projeto, ela vive muito melhor. Só tenho a agradecer a equipe por proporcionar essa nova chance de vida para minha filha,” celebrou.
Com histórias como a de Marília, o Projeto Respirar não só presta um serviço médico vital, mas também devolve a esperança e a qualidade de vida a muitas famílias em Alagoas. O projeto continua a ser um exemplo de como a dedicação e a competência podem fazer a diferença na vida das pessoas, especialmente das mais vulneráveis.