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A Referência
Nesta segunda-feira (9), o Kremlin rejeitou as alegações da mídia de que o Irã teria enviado mísseis balísticos de curto alcance para a Rússia. As informações são da Reuters.
Uma reportagem do Wall Street Journal, publicada na sexta-feira (6), citando autoridades norte-americanas e europeias não identificadas, afirmou que Teerã entregou esses mísseis à Rússia, apesar dos alertas ocidentais para que não fornecesse tais armas a Moscou.
No mesmo dia, a CNN também publicou uma reportagem sobre o assunto, citando o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Sean Savett, que afirmou que qualquer transferência de mísseis balísticos iranianos para a Rússia significaria uma escalada significativa no apoio do Irã ao conflito na Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu aos repórteres em uma coletiva de imprensa em Moscou, dizendo: “Nem sempre essas informações são verdadeiras”.
Peskov descreveu o Irã como um parceiro importante para a Rússia, destacando que a cooperação e o diálogo entre os dois países estão se expandindo em várias áreas, incluindo as mais delicadas.
Os dois países, aliados próximos, têm fortalecido seus laços nos últimos anos, especialmente em reação às tensões crescentes com os EUA.
Peskov também comentou sobre as declarações do chanceler alemão Olaf Scholz, feitas em uma entrevista à mídia local na semana passada, dizendo que Moscou concorda com a necessidade de investigar o ataque de sabotagem ao Nord Stream, um gasoduto que liga a Rússia à Alemanha
“Estamos completamente de acordo que o ato de terrorismo e sabotagem contra o Nord Stream precisa ser investigado com rigor, apesar das tentativas de alguns países envolvidos de encobrir o caso. Isso não deve ser permitido de forma alguma”, afirmou Peskov.
Em setembro de 2022, explosões subaquáticas danificaram os gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2, que estavam recentemente construídos para transportar gás natural russo para a Alemanha e outros países europeus através do Mar Báltico.
No mês passado, o ex-presidente russo e hoje membro do governo de Vladimir Putin, Dmitry Medvedev, afirmou que o Ocidente estava envolvido na explosão do Nord Stream.
Medvedev afirmou através do Telegram que, se for comprovada a cumplicidade dos países ocidentais na explosão do Nord Stream, Moscou não teria mais “restrições morais para destruir as comunicações por cabo submarino dos inimigos”.
Recentes relatórios indicam que a Ucrânia pode ter sido responsável pelo ataque. Apesar de o ex-presidente frequentemente fazer declarações polêmicas e ameaças a nações da Otan, analistas acham que essa ameaça pode ser séria.
