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A Referência
Dez meses de violência entre o Hezbollah e as forças israelenses resultaram na morte de altos comandantes e centenas de combatentes do grupo apoiado pelo Irã, além de causarem grande destruição e deslocarem dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados. As informações são do The Defense Post.
Desde outubro, o Hezbollah sofreu mais perdas de combatentes do que durante a guerra com Israel no verão de 2006. A agência AFP analisou o aumento das vítimas entre o movimento muçulmano xiita, que tem se envolvido em confrontos quase diários com o exército israelense. Esses combates começaram após o ataque do Hamas ao Estado judeu em 7 de outubro, que desencadeou a guerra em Gaza.
Nos últimos meses, ataques israelenses resultaram na morte de líderes importantes do Hezbollah, incluindo Fuad Shukr, o chefe militar no sul do Líbano, que foi morto em um ataque nos subúrbios ao sul de Beirute em 30 de julho. O grupo militante prometeu vingar sua morte.
Além disso, em janeiro, Wissam Tawil, um comandante da força de elite Radwan do Hezbollah, foi morto em um ataque israelense ao seu veículo no sul do Líbano. Dois dos três comandantes de área no sul do Líbano, Mohammed Nasser e Taleb Abdallah, também foram mortos.
Após a guerra de 2006, o Hezbollah dividiu suas operações no sul do Líbano em três áreas distintas, cada uma com sua própria “formação militar, comandante, pessoal, armamento e capacidades”, segundo o líder do grupo, Hassan Nasrallah.
Ele explicou que a área ao sul do rio Litani foi dividida em duas partes: o setor ocidental, controlado pela unidade Aziz do Hezbollah, e o setor oriental, que vai até as disputadas Fazendas Shebaa, sob o comando da unidade Nasr, que deu início aos ataques transfronteiriços do Hezbollah em outubro.
O comandante da unidade Aziz, Nasser, foi morto em um ataque israelense no mês passado, enquanto o comandante da unidade Nasr, Abdallah, foi morto em um ataque no mês anterior.
Israel afirmou várias vezes que eliminou outros combatentes do Hezbollah, referindo-se a eles como “comandantes”.
A violência no Líbano resultou na morte de cerca de 570 pessoas, a maioria combatentes do Hezbollah e de grupos armados aliados, como o Hamas. Pelo menos 118 civis estão entre os mortos, segundo a AFP.
Do lado israelense, 22 soldados e 26 civis foram mortos, incluindo nas Colinas de Golã anexadas. O Hezbollah confirmou a morte de mais de 370 de seus membros no Líbano.
