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Mundo
15/08/2024 02:00:00

EUA sofrem para conter o ressurgimento do Estado Islâmico na Síria

Grupo vem treinando novos seguidores para que atuem como homens-bomba e aumentou os ataques contra as forças antiterrorismo


EUA sofrem para conter o ressurgimento do Estado Islâmico na Síria

A Referência

Estado Islâmico (EI) passa por um processo de enfraquecimento que começou com a derrota da organização em seus dois principais redutos: no Iraque, em 2014, e na Síria, em 2019. Embora o “califado” criado pela facão no território sírio tenha chegado ao fim, alguns líderes permaneceram no país, onde agora se observa um ressurgimento do grupo, como mostra reportagem do The Wall Street Journal.

Autoridades norte-americanas e sírias afirmam que o EI vem concentrando suas operações no deserto de Badiya, onde treina novos seguidores para que atuem como homens-bomba. Paralelamente, os ataques contra as forças aliadas de combate ao terrorismo dobraram neste ano e não se limitam à Síria, chegando também ao Iraque.

“Este foi o pior ano desde que derrotamos o Estado Islâmico”, disse a general Rohilat Afrin, comandante das FDS (Forças Democráticas Sírias), uma milícia curda apoiada pelos EUA. “Não importa o quanto você os derrube, eles tentarão se levantar novamente”.

O ressurgimento em seus redutos originais acompanha uma expansão global da organização, que realizou dois atentados importantes em 2024. Em janeiro, um ataque em Kerman, no Irã, deixou 95 pessoas mortas. Em março, o Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), facção do grupo originária do Afeganistão, reivindicou uma ação que matou mais de 140 pessoas em Moscou, na Rússia.

Mas é no Iraque e na Síria, onde realizou mais de 150 ataques neste ano, que o EI concentra seu processo de ressurgimento. “O que estamos vendo é a movimentação de homens, armas e equipamentos”, disse um oficial das Forças Especiais norte-americanas estacionado na Síria.

Em resposta os aliados aumentaram as operações de contraterrorismo no Oriente Médio, com relatos de 253 extremistas capturados e três ataques contra instalações do grupo somente nos primeiros sete meses deste ano. No ano passado inteiro, por exemplo, foram quatro operações do gênero.

E o desafio para os EUA pode aumentar devido à pressão que o governo sofre de líderes xiitas iraquianos para retirar suas tropas estacionadas no Iraque, base logística para as operações na Síria. Por ora, as negociações não avançaram nesse sentido e os soldados permanecerão por lá. Mas o cenário pode mudar se as negociações forem retomadas.

 



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