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Economia
11/08/2024 22:00:00

Petrobras Registra Prejuizo de 2,6 no trimestre, mas dividendos estão mantidos


Petrobras Registra Prejuizo de 2,6 no trimestre, mas dividendos estão mantidos

Repórter Maceió

Em uma coletiva de imprensa online, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, classificou os resultados do segundo trimestre de 2024 da companhia como “extremamente sólidos e dentro do esperado”, apesar do prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado no período. Chambriard enfatizou que fatores pontuais e não recorrentes influenciaram este resultado negativo, mas ela permanece confiante na recuperação nos trimestres subsequentes.

Dentre os eventos extraordinários destacados pela presidente, estava um significativo acordo tributário com o Ministério da Fazenda. A empresa negociou um montante de R$ 19,80 bilhões para resolver litígios relacionados às remessas ao exterior para pagamento de afretamentos de embarcações de exploração de petróleo. Além disso, houve um acordo salarial relativo ao período 2023-2025 e uma desvalorização cambial considerável que impactou os resultados.

Mesmo com o indicativo negativo, a Petrobras demonstrou comprometimento com seus acionistas ao aprovar o pagamento de R$ 13,6 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio. Esses valores serão pagos em duas parcelas, uma em novembro e outra em dezembro, utilizando R$ 6,4 bilhões da reserva de remuneração do capital. A União, maior acionista da empresa com 28,67% das ações, também será beneficiada.

A diretoria da empresa não descartou a possibilidade de distribuição de dividendos extraordinários, conforme afirmou Fernando Melgarejo, diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores. Ele mencionou que essa decisão dependerá da avaliação das futuras capacidades de financiamento dos projetos da empresa previstos entre 2025 e 2029.

Chambriard também foi questionada sobre a estratégia de precificação de combustíveis e se uma revisão precoce poderia ter minimizado o prejuízo do trimestre. Claudio Schlosser, diretor de Logística, Comercialização e Mercados, defendeu a estratégia adotada em maio de 2023. Segundo ele, a empresa busca evitar transferir a volatilidade dos preços internacionais para o mercado interno, o que, segundo ele, tem sido essencial para a gestão comercial da empresa.

Além disso, a presidente ressaltou que a manutenção dessa política de preços tem sido fundamental para a estabilidade da participação da Petrobras no mercado doméstico, embora haja uma ligeira perda de mercado, considerada do ponto de vista estratégico como um mal menor.

Em relação aos avanços tecnológicos e operacionais, a Petrobras anunciou que o Gasoduto Rota 3 entrará em operação até setembro deste ano. Este projeto visa melhorar o escoamento de gás natural dos campos de pré-sal da Bacia de Santos, aumentando a disponibilidade do recurso no estado do Rio de Janeiro e em todo o Brasil. Renata Baruzzi, diretora Executiva de Engenharia, Tecnologia e Inovação, informou que a conclusão mecânica está prevista para agosto, e a operação plena do gasoduto deverá começar no terceiro trimestre deste ano.

O Gasoduto Rota 3, com um total de aproximadamente 355 quilômetros, é constituído por um trecho marítimo de 307 quilômetros e um trecho terrestre de 48 quilômetros, escoando gás natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos até o Polo Gaslub, em Itaboraí. Com uma vazão de aproximadamente 18 milhões de m³ de gás por dia, o gasoduto se configura como um projeto estratégico para o setor de energia brasileiro.



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