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Guerra
11/08/2024 02:00:00

Ataque da Ucrânia força evacuação e põe região russa em estado de emergência

Cerca de três mil moradores deixaram Kursk, e autoridades locais dizem que situação nas áreas fronteiriças continua 'complicada'


Ataque da Ucrânia força evacuação e põe região russa em estado de emergência

A Referência

Tanto Moscou quanto Kiev não publicam dados precisos sobre as fatalidades e tendem a exagerar as perdas do outro lado. Após minimizar a incursão ucraniana em Kursk, a Rússia também é vista como cautelosa em reduzir a importância da nova ofensiva em seu território.

Na quarta-feira (7), o governador interino da região, Alexei Smirnov, declarou estado de emergência na região fronteiriça, afirmando que a situação permanecia complicada e que ataques com drones e mísseis continuaram durante a noite.

O Institute for the Study of War (ISW), um think tank de Washington, relatou que as tropas ucranianas avançaram até 15 quilômetros em território russo, mas essas informações ainda não foram confirmadas oficialmente, segundo a agência Associated Press.

Kiev não se pronunciou sobre a incursão. Em um discurso em vídeo nesta quinta-feira, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky não mencionou a situação em Kursk, mas afirmou que “a Rússia trouxe a guerra para nossa terra e precisa enfrentar as consequências”.

A Rússia afirma ter contido os avanços ucranianos na fronteira, mas informações de blogueiros militares e dados abertos indicam que as tropas ucranianas avançaram em várias áreas de Kursk.

Na terça-feira, segundo os militares russos, as forças ucranianas iniciaram o ataque às 8h, horário de Moscou, empregando até 300 soldados, 11 tanques e mais de 20 veículos blindados de combate. Kiev afirmou que suas forças derrubaram drones, um míssil e um helicóptero na região de Sumy, do outro lado da fronteira. A mídia russa informou, citando o FSB (Serviço Federal de Segurança russa), que as forças locais responderam a uma “provocação” armada da Ucrânia. Moscou afirmou que seus ataques com artilharia, aviões de combate e drones forçaram a retirada das forças ucranianas, que sofreram perdas

Na quarta-feira, o presidente russo Vladimir Putin acusou a Ucrânia de fazer uma “grande provocação” na fronteira russa, enquanto os combates prosseguem entre as tropas ucranianas e as forças russas enviadas para proteger a área. Um dia antes, a porta-voz da Chancelaria russa, María Zakharova, afirmou que o ataque ucraniano à região russa de Kursk é mais um ato terrorista direcionado à população civil. “Trata-se de outro ato de terrorismo, claramente voltado contra civis”, disse Zakharova à Sputnik.

Discrepância

Mais tarde, Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior da Rússia, informou a Vladimir Putin que as forças russas conseguiram parar uma ofensiva de mil soldados ucranianos, um número muito maior do que o divulgado inicialmente pelo Ministério da Defesa.

Gerasimov disse que o avanço ucraniano em direção a Kursk foi impedido pelas ações das tropas russas na fronteira, com o apoio de guardas de fronteira e unidades de reforço, que usaram ataques aéreos, mísseis e artilharia.

Aliado de Putin promete “destruir” a Ucrânia

Um aliado próximo de Vladimir Putin prometeu uma resposta “sem piedade” e mais avanços no território ucraniano após o ataque em Kursk na terça-feira. Dmitry Medvedev, ex-presidente e ex-primeiro-ministro da Rússia, agora vice-presidente do Conselho de Segurança, fez essa declaração em uma longa postagem no Telegram na manhã de quinta-feira, repercutiu a Newsweek.

Medvedev disse que é crucial aprender com o ocorrido e seguir a promessa feita por Gerasimov de derrotar e destruir o inimigo sem piedade. Gerasimov garantiu ao presidente russo que as forças ucranianas seriam “rapidamente derrotadas” na fronteira sudoeste.

Resposta ucraniana

Desde o ano passado, combatentes ucranianos realizaram várias incursões nas regiões de fronteira da Rússia, muitas vezes envolvendo grupos paramilitares formados por cidadãos russos contrários ao Kremlin.

A Ucrânia está atacando alvos estratégicos na Rússia, principalmente instalações de refino de petróleo, em resposta aos ataques russos contra sua infraestrutura civil e energética, comprometendo assim uma importante fonte de renda do país. 

Na região de Kiev, destroços de drones danificaram prédios residenciais, postos de gasolina e estabelecimentos comerciais, mas não houve vítimas, segundo o governador Ruslan Kravchenko.



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