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Você já ouviu falar na presbiopia? Talvez não, mas vai lembrar dos sintomas trazidos pela perda de flexibilidade do cristalino do olho, que dificultam o foco em objetos próximos, por causa do envelhecimento: vista cansada, dificuldade de enxergar para perto e visão embaçada são alguns desses sintomas. A presbiopia é uma condição natural, que atinge muitos indivíduos, principalmente a partir dos 40 anos. Na verdade, depois dos 55 anos, todos passarão pela presbiopia.
A vice-presidente da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR) e proprietária da Clínica Iluminar Oftalmologia, Dra. Leila Gouvea, alerta para a necessidade de uma consulta oftalmológica para corrigir o problema: “É necessário ser consultado por um oftalmologista. Comprar óculos em qualquer lugar, sem prescrição de um oftalmologista, pode esconder doenças por trás da presbiopia. O oftalmologista não receita só óculos, ele avalia a condição do olho do paciente”, alerta.
Apesar de afetar milhões de brasileiros, a presbiopia não tem relação com o uso de telas e nem é uma doença, é uma alteração fisiológica natural, que não tem como ser prevenida e que já atinge cerca de 18% da população brasileira. “Não é possível prevenir a presbiopia, mas existem várias opções eficazes para corrigir a visão e essa correção não pode ser negligenciada pelo paciente”, esclarece a especialista.
O autônomo Alan Ribeiro, de 45 anos, usa óculos para perto desde os 43 anos. Alan procurou um oftalmologista porque percebeu que passou a ter dificuldade para ler livros e enxergar detalhes da própria comida no prato. “Eu me assustei porque eu comecei a ter que esticar o braço para ler,... a comida ficou embaçada, o teclado do computador ficou embaçado...”, explicou.
A presbiopia pode ser corrigida com o uso de óculos, de lentes de contato, inclusive mono visão, que é enxergar com um olho para perto e o outro para longe, e com cirurgias, que antes dos 55 anos, têm prazo de 4 a 5 anos de validade.
Já a partir dos 55 anos de idade, o procedimento é definitivo, porque o olho deixa de sofrer muitas alterações. Nesses casos, o uso dos óculos ou não, pós-cirurgia, depende da condição do olho de cada paciente.
Dra. Leila explica que a cirurgia para a correção da presbiopia é a mesma da catarata, mas com abordagem diferente. Hoje, com o avanço da tecnologia na área oftalmológica, durante o procedimento cirúrgico, aplica-se a tecnologia 3D. “Parecida com a laparoscopia, que é feita com furinhos, hoje, fazemos uma incisão mínima, de 2 milímetros. Colocamos o microscópio e, por meio de uma televisão de 60 polegadas 4k, temos uma imagem altamente nítida e o resultado do procedimento é absurdamente preciso”, destaca a vice-presidente da ABCCR.
