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Acidente
09/08/2024 18:00:00

STF analisa se testemunhas de Jeová podem recusar transfusão de sangue no SUS: questão em debate no STF.


STF analisa se testemunhas de Jeová podem recusar transfusão de sangue no SUS: questão em debate no STF.

A Notícia Alagoas

Nesta quinta-feira (8), o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou a análise de um tema delicado e repleto de discussões: a recusa de transfusão de sangue por parte das testemunhas de Jeová em tratamentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Corte terá também que decidir se o Estado tem a obrigação de custear tratamentos alternativos que não envolvam transfusão de sangue, atendendo às crenças religiosas desse grupo.

A questão foi motivada por dois recursos que chegaram à Corte. O primeiro deles é o caso de uma mulher que se negou a autorizar a transfusão de sangue durante uma cirurgia cardíaca na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, o que resultou na não realização do procedimento. Já o segundo caso envolve um homem que solicitou que o SUS arque com os custos de uma cirurgia ortopédica que não inclua transfusão de sangue, bem como os gastos com o tratamento.

A advogada Eliza Gomes Morais Akiyama, representante da mulher que recusou a transfusão, afirmou que as testemunhas de Jeová enfrentam dificuldades para manter sua saúde e defendeu que o Estado ofereça tratamentos compatíveis com suas crenças religiosas. Por outro lado, o defensor público Péricles Batista da Silva defendeu a implantação de um protocolo de atendimento para as testemunhas de Jeová, ressaltando a importância de respeitar a escolha dos pacientes.

Durante a sessão, os ministros ouviram as argumentações das partes envolvidas no processo, mas os votos definitivos ainda não foram proferidos, deixando a decisão final para uma outra data. O advogado Henderson Furst, representante da Sociedade Brasileira de Bioética, levantou questões sobre a autonomia dos pacientes e a insegurança jurídica enfrentada pelos profissionais de saúde diante desse tipo de situação.

Diante de dilemas éticos e legais, o STF terá uma tarefa complexa pela frente ao decidir sobre a recusa de transfusão de sangue pelas testemunhas de Jeová e a responsabilidade do Estado em prover tratamentos alternativos. Os desdobramentos desse julgamento certamente terão impacto na prática médica e no respeito às crenças religiosas dos pacientes.



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