Alagoas 24 Horas
Foi condenado a 32 anos e oito meses de prisão, inicialmente em regime fechado, o réu Alisson José Bezerra da Silva, acusado de feminicídio com a esposa Maria Aparecida da Silva Bezerra, ocorrido no ano de 2022, no bairro do Antares, em Maceió. O júri popular acontece desde a manhã desta terça-feira, 06, no Fórum do Barro Duro.
A defesa tentou apresentar a tese de que o homem sofria de problemas psiquiátricos e mesmo confessando o crime, não se lembrava do que teria acontecido, mesmo tendo desferido pelo menos 14 facadas contra a então esposa, com quem se relacionou por 17 anos.
Testemunhos e declarações, da irmã da vítima e de uma das filha do casal, corroboraram com a tese de que o réu era um homem violento, que exercia controle emocional contra a vítima, que era advogada, chegando a agredi-la fisicamente, proibi-la de ter contato com a família e monitorar seus contatos com os clientes.
O júri acatou as qualificadoras (motivo torpe, meio cruel e feminicídio) reconhecendo o crime de homicídio triplamente qualificado e decidiu ainda pela manutenção da prisão – já que o réu cumpre hoje prisão preventiva – além de ter que pagar R$ 40 mil de indenização à família da vítima.
Sobre o caso
Alisson Bezerra matou a esposa com 14 golpes de arma branca, a maioria no pescoço, e depois tentou se matar, no Condomínio Casa Forte, na Serraria, parte alta de Maceió. O crime ocorreu no dia 21 de julho de 2022.
A vítima, Maria Aparecida da Silva Bezerra, de 54 anos, era advogada e não teve chances de defesa. Ela morreu ainda no local do crime.
O acusado, de 42 anos, teria ainda se auto infligido golpes no pescoço e no tórax e chegou a ficar internado no Hospital Geral do Estado (HGE) antes de ser encaminhado ao sistema prisional.