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Mundo
01/08/2024 00:00:00

Assassinato de líder do Hamas amplia oposição a Israel e envolve até importante membro da Otan

Estado judeu não assumiu a autoria da ação, chamada por Moscou de 'assassinato político' e contestada também pela Turquia


Assassinato de líder do Hamas amplia oposição a Israel e envolve até importante membro da Otan

A Referência

Haniyeh não foi o idealizador dos ataques do Hamas contra Israel, papel que coube a Yahya Sinwar, que comanda o grupo a partir de Gaza. Porém, o chefe político, segundo destaca a agência Associated Press (AP), exaltou as ações de outubro como um golpe humilhante contra o aparentemente invencível inimigo. Foi, desde então, marcado como um alvo preferencial do governo israelense, que tem um histórico de missões semelhantes bem-sucedidas.

Quem não usou meias palavras para culpar Israel foi o Irã, que recebia o líder do Hamas em sua capital para a posse do novo presidente, Masoud Pezeshkian. “Ao fazer isso, o regime sionista criminoso e terrorista criou um pretexto para punição severa. Acreditamos ser nosso dever vingar o sangue de um homem que foi martirizado no território da República Islâmica do Irã”, disse o líder supremo Ali Khamenei, conforme relatou a agência estatal russa Tass.

Se o Estado judeu manteve o silêncio, os EUA trataram de se declarar inocentes. “Em primeiro lugar, é algo de que não estávamos cientes nem envolvidos”, disse o secretário de Estado Antony Blinken em entrevista exclusiva à rede CNA, da Indonésia. E acrescentou que “é muito difícil especular” quanto aos efeitos da morte de Haniyeh.

Ao lado de Rússia e Irã, quem também condenou o assassinato do líder político do Hamas foi a Turquia, que tem o segundo maior exército da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e já havia se posicionado fortemente contra as ações de Israel em Gaza.

Segundo a agência estatal turca Anadolu, o presidente Recep Tayyip Erdogan conversou por telefone com a mulher e os filhos de Haniyeh, expressando sua “profunda tristeza” pela morte e classificando o assassinato como “traiçoeiro”.

Como Teerã, Ancara igualmente culpou diretamente Israel. “Este assassinato é um ato desprezível que visa minar a causa palestina, a gloriosa resistência de Gaza e a justa luta de nossos irmãos palestinos, com a intenção de desmoralizá-los e intimidá-los”, declarou Erdogan, de acordo com a rede TRT World. “A barbárie sionista mais uma vez não conseguirá atingir seus objetivos, como no passado.”



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