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Saúde
31/07/2024 17:00:00

Maceió adota estratégias de saúde para evitar epidemia de meningite

Somente neste ano, segundo a SMS, foram registrados 19 casos e 5 mortes causadas pela doença na capital


Maceió adota estratégias de saúde para evitar epidemia de meningite

GazetaWeb

Em meio ao alerta do Ministério Público Federal (MPF), que promoveu uma reunião com especialistas em saúde para alertar sobre a endemia de casos de meningite B em Alagoas, a Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS) divulgou o novo processo para diagnóstico e tratamento da doença, que atinge principalmente as crianças.

A medida envolve a coleta de amostras nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), exames específicos no Hospital da Cidade, identificação da cepa no Laboratório Central de Saúde Pública de Alagoas (Lacen) e administração de medicação e profilaxia preventiva.

Segundo a SMS, a partir do dia 1º de agosto, passará a valer um novo fluxo para a coleta de material para exames de meningite. “Ele se inicia com a coleta de amostras de pacientes que dão entrada nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) com suspeita da doença e encaminhamento do material para o laboratório do Hospital da Cidade (HC) para que seja feito um exame específico”, informa a nota.

Os casos positivos serão encaminhados para o Lacen, que é o laboratório de referência para esses casos, para que seja identificada a cepa da doença.

 

A pasta ainda informa que as UPAs de Maceió contam com laboratório 24 horas para a coleta dessas amostras, e o paciente suspeito de meningite, mesmo sem o exame confirmatório, já recebe a medicação indicada pelos protocolos do Ministério da Saúde. Além disso, a Vigilância Epidemiológica de da capital realiza a profilaxia dos contatos.

DADOS

Em 2024, Maceió registrou, conforme dados da SMS, um total de 19 casos de meningite. “Dentre esses casos, foram identificados 5 casos de meningite meningocócica Tipo B, 3 casos de doença meningocócica, 1 caso de doença

meningocócica com identificação do sorogrupo pendente, 4 casos de meningite bacteriana não especificada, 3 casos de meningite pneumocócica e 2 casos de meningite viral. Não foram encontrados casos de meningite por Hemófilo ou fúngica”, detalha.

No mesmo ano, ocorreram cinco óbitos relacionados a doenças meningocócicas. As vítimas incluíram um menino de 1 ano, residente no Jatiúca, que morreu devido a meningite meningocócica Tipo B; um menino de 6 meses, de Petrópolis, que também faleceu por meningite meningocócica Tipo B; um menino de 2 anos, de Benedito Bentes, que morreu em decorrência de meningococcemia; e um menino de 1 ano, de Benedito Bentes, vítima de meningite meningocócica Tipo B. Além disso, uma menina de 1 ano, residente no Trapiche da Barra, faleceu devido a meningite meningocócica, com o sorotipo ainda aguardando confirmação.

Já a Secretaria de Saúde do Estado (Sesau) informa que, em Alagoas, foram registrados 36 casos de meningite em seis meses, sendo 13 deles fatais.

REUNIÃO

O Ministério da Saúde declarou o surto de doença meningocócica no segundo semestre de 2023. Segundo os especialistas, a meningite em Alagoas tornou-se uma endemia, com casos contínuos e picos ocasionais. A reunião, que foi na última sexta-feira, no entanto, destacou essa importância da coleta de sangue nas UPAs para diagnóstico precoce, seguindo a recomendação do MS. Os especialistas também defenderam que é indispensável a inclusão da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) para menores de dois anos, a fim de possibilitar algum controle sobre a doença no estado.

 



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