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Acidente
30/07/2024 00:00:00

Com os ataques, Moscou perdeu o controle de uma parte importante daquelas águas, agora abertas à exportação de grãos ucranianos


Com os ataques, Moscou perdeu o controle de uma parte importante daquelas águas, agora abertas à exportação de grãos ucranianos

A Referência

Ucrânia conseguiu danificar ou destruir até agora ao menos 26 navios da frota do Mar Negro da Rússia, o que representa cerca de um terço das embarcações à disposição de Moscou na região. A informação foi divulgada no domingo (28) pelo Ministério da Defesa do Reino Unido e reproduzida pela revista Newsweek.

Um efeito dos ataques ucranianos foi a reabertura de parte do Mar Nego para o transporte de grãos ucranianos, antes comprometido pelas patrulhas russas na região. “O transporte comercial está retornando a níveis próximos aos de antes da guerra na região”, disse o Ministério da Defesa britânico em sua mais recente atualização de inteligência.

O sucesso de Kiev já havia sido destacado pelo almirante Sir Tony Radakin, chefe do Estado-Maior de Defesa do Reino Unido. “No ano passado, vimos a Ucrânia, um país que mal tem uma Marinha, subjugar a frota do Mar Negro russa por meio de uma combinação de drones e mísseis de longo alcance”, disse ele, conforme relato anterior da Newsweek.

O triunfo mais relevante de Kiev em seus ataques contra as embarcações inimigas foi o afundamento do Moskva, orgulho da frota russa, que veio a pique em abril de 2022. Embora Moscou insista em dizer que ele foi destruído por um incêndio no depósito de munições, serviços de inteligência ocidentais dizem que mísseis de cruzeiro disparados pelas forças ucranianas destruíram o navio.

A Ucrânia celebrou novamente o sucesso de uma operação contra a Marinha inimiga em setembro de 2023, quando um grande bombardeio atingiu uma base usada em Sebastopol, na Crimeia. Kiev alegou à época ter atingido ao menos um navio de desembarque e um submarino, além de um estaleiro onde os russos realizavam reparos em embarcações avariadas.

Daquela vez, diferente das negativas no caso do Moskva, o governo russo não escondeu que foi alvo de um duro ataque. Disse que a Ucrânia usou dez mísseis de cruzeiro, sete deles supostamente abatidos pelas forças de Moscou, e três drones, todos alegadamente neutralizados. Admitiu, no entanto, que duas embarcações foram atingidas, sem dar maiores detalhes.

Então, no último dia 15 de julho, Dmytro Pletenchuk, porta-voz da Marinha ucraniana, afirmou que a Rússia retirou da Crimeia seu último navio de patrulha, a fim de evitar que ele engrossasse as estatísticas de embarcações danificadas ou afundadas pelo inimigo. Mais tarde, no dia 25, disse que “não há mais um único navio de guerra russo no Mar de Azov”, que acessa o Mar Nego através do Estreito de Querche.

Algumas manobras do governo russo sugerem que, apesar das negativas, realmente vem sentindo o impacto das ações contra suas embarcações. Em 2023, a Rússia iniciou uma realocação de navios da Frota do mar Negro que estavam na Crimeia para outros portos. Em outubro, Aslan Bzhania, líder da região separatista da Abecásia, na Geórgia, revelou um acordo para receber parte da frota do Mar Negro.

No domingo (28), o conselheiro presidencial ucraniano Anton Gerashchenko citou nova ocorrência que ratifica as alegações de sucesso de seu país. Ele compartilhou um vídeo de Yevgeny Fedorov, deputado da Duma Estatal pelo partido Rússia Unida, no qual relata o impacto dos drones navais ucranianos.

“Onde está a Frota do Mar Negro da Federação Russa?”, questiona o político. “Ela se foi! Este é um fato da vitória do inimigo.” O próprio Gerashchenko, falou no mesmo sentido, declarando que a frota russa do Mar Negro perdeu, de fato, sua capacidade de combate e foi transferida de Sebastopol para Novorossiysk.”



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