A Referência
Ao menos quatro foguetes foram disparados nos últimos dois dias contra bases ocupadas pelas Forças Armadas dos EUA no Iraque e na Síria, sem que tenham sido registrados danos materiais ou pessoas feridas. As informações são do site The Defense Post.
As instalações usadas pelos militares norte-americanos vinham sendo alvo frequente de grupos rebeldes desde o início do conflito no Oriente Médio, desencadeado pelo ataque do Hamas a Israel no dia 7 de outubro. Após um período de relativa calmaria, novos episódios foram registrados na quinta-feira (25) e nesta sexta (26).
As tropas norte-americanas ocupam as instalações como parte das operações de combate ao extremismo islâmico. O Iraque e a Síria são o berço do Estado Islâmico (EI), e desde que o grupo se estabeleceu como uma ameaça global Washington deslocou seus homens para enfrentá-lo nos dois países.
Hoje, o EI passa por um processo de enfraquecimento que começou com a derrota da organização nesses dois redutos. No Iraque, o exército iraquiano retomou todos os territórios que o grupo dominava desde 2014. Já as FDS (Forças Democráticas Sírias), uma milícia curda apoiada pelos EUA, anunciaram em 2019 o fim do “califado” criado pela facão extremista na Síria.
Porém, desde que explodiu o conflito atual entre Hamas e Israel os EUA voltaram a ter problemas na região. Grupos rebeldes passaram a realizar ataques frequentes contra posições dos EUA no Oriente Médio, com um episódio de maior gravidade registrado em janeiro na Jordânia.
Na oportunidade, um ataque de drone atribuído à Resistência Islâmica, grupo iraquiano apoiado pelo Irã, atingiu uma base militar ocupada pelos EUA e matou três soldados norte-americanos, deixando ainda cerca de 40 feridos.
Os ataques dos últimos dois dias, entretanto, sequer chegaram a atingir diretamente a base. Três fontes, todas falando sob condição de anonimato, disseram que os bombardeios atingiram as imediações das instalações. Uma autoridade de segurança disse que foram usados três foguetes e um drone.
Ninguém assumiu a autoria das ações. Um dos alvos foi a base de Ain al-Assad, na província de Anbar, no Iraque, e o outro foi uma base próxima ao campo de gás de Conoco, na província de Deir Ezzor, no leste da Síria. Neste segundo caso, o local é ocupado não somente por norte-americanos, mas também por soldados de outros países que integram a coalizão internacional antiterrorismo.