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Polícia
03/07/2024 04:00:00

PF desmantela esquema que movimentou R$ 5,5 bilhões em cinco anos

Foram detectadas atividades ilícitas, tais como lavagem de dinheiro, falsidade material e ideológica


PF desmantela esquema que movimentou R$ 5,5 bilhões em cinco anos

O Estado de Minas

A Polícia Federal (PF) identificou transações suspeitas com movimentação de mais de R$ 5,5 bilhões, decorrentes de atividades ilícitas, tais como lavagem de dinheiro, falsidade material e ideológica. A operação batizada de "Terra Fértil" é realizada em sete estados simultaneamente: Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Bahia e Goiás. O esquema investigado já estaria funcionando há cinco anos.

O objetivo da operação é promover a descapitalização patrimonial e a desarticulação de uma organização criminosa atuante no tráfico internacional de drogas. 

Nada menos que 280 policiais federais cumprem nove mandados de prisão preventiva e 80 de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal da Comarca de Belo Horizonte.

Segundo informações dos policiais federais, as investigações revelaram uma complexa engrenagem montada pelo grupo criminoso e a grande quantidade de indivíduos interconectados, alguns deles com envolvimento com conhecida facção criminosa.

Um narcotraficante internacional e pessoas físicas e jurídicas associadas a ele faziam parte de uma rede. O investigado estaria envolvido em outras ocasiões pela PF, e há suspeitas de que o investigado enviava cocaína para as Américas do Sul e Central e cartéis mexicanos.

Os envolvidos criavam empresas de fachada, sem vínculo de empregados no sistema CAGED, e adquiriam por meio elas imóveis e veículos de luxo para terceiras pessoas, assim como movimentavam grande quantia de valores, incompatíveis com seu capital social.

Os sócios das empresas geralmente não possuíam vínculos empregatícios. Alguns até receberam auxílio emergencial.

Algumas das pessoas jurídicas efetuavam transações com empresas no ramo de criptomoedas e de atividades que não tinham relação com o ramo de negócio, o que leva a crer que os investimentos estivessem sendo usados para mascarar a origem ilícita dos valores.

 


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