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Acidente
26/06/2024 06:00:00

Ataque em campo de refugiados em Gaza mata dez familiares de líder do Hamas


Ataque em campo de refugiados em Gaza mata dez familiares de líder do Hamas

Rfi

A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou a morte de 10 membros da família do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, nesta terça-feira (25) em um campo de refugiados na Cidade de Gaza. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se diz pronto para concluir "um acordo parcial" com o Hamas, a fim de trazer de volta pelo menos uma parte dos reféns

"Vários mártires continuam sob os escombros", afirmou Mahmud Basal, porta-voz da Defesa civil. Entre as vítimas fatais está Zahr Haniyeh, irmã do líder do Hamas, que vive no exílio no Catar.

"Temos dificuldades (para encontrá-los) devido à falta de equipamentos e combustível", acrescentou.

O Exército israelense, procurado pela AFP, afirmou que não pode confirmar as informações.

Em abril, três filhos e quatro netos de Haniyeh morreram em um ataque ao campo de Shati. O Exército confirmou que um bombardeio matou os três filhos do líder do Hamas, considerados "agentes militares da organização terrorista Hamas".

Ismail Haniyeh declarou na ocasião que quase 60 membros de sua família morreram desde o início do conflito, em 7 de outubro.

Acordo parcial

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, declarou no domingo que estaria disposto a um “acordo parcial” para permitir a volta “de uma parte” dos reféns tomados pelo Hamas.

A declaração não agradou o Fórum das Famílias dos Reféns, que agrupa próximos das pessoas sequestradas. “O fim dos combates em Gaza sem a libertação dos reféns constituirá uma derrota nacional sem precedente que vai se distanciar dos objetivos da guerra”, disseram as famílias em um comunicado.

Das 251 pessoas sequestradas no dia 7 de outubro, 116 continuam detidas em Gaza e 42 estão mortas, segundo o Exército de Israel.

O vídeo do sequestro de três jovens israelenses que participavam de um festival de música circulou amplamente na internet desde 7 de outubro. Apesar da violência das imagens, seus familiares decidiram divulgá-las novamente: "O mundo precisa ver o quanto esse dia foi horrível", explica Michael Levy a Sami Boukhelifa, correspondente da RFI em Jerusalém.

Seu irmão Or Levy aparece no vídeo, deitado na parte traseira de uma caminhonete, cercado por combatentes fortemente armados do Hamas. Ele está coberto do sangue de sua esposa, que foi morta naquele dia. "Ver meu irmão indefeso, apavorado, é muito doloroso. Eu sou o irmão mais velho. Quando éramos mais jovens, eu costumava defendê-lo. Mas naquele dia, eu não pude fazer nada por ele", lamenta Michael.

O Fórum das Famílias dos Reféns defende um "acordo global, para todos os sequestrados" e não um acordo parcial. "Uma vez que os reféns sejam libertos, essa guerra deverá cessar", conclui Michael Levy.



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