26/06/2024 15:35:41

Polícia
18/06/2024 09:20:00

PF deflagra operação contra acusados de fraudar pensões por morte no INSS; prejuízo estimado é de R$ 12 milhões


PF deflagra operação contra acusados de fraudar pensões por morte no INSS; prejuízo estimado é de R$ 12 milhões

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A Polícia Federal em Alagoas deflagrou, na manhã desta terça-feira (18), a Operação Geração Espontânea, que visa combater fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na concessão de pensões por morte. Estão sendo cumpridos 14 mandados judiciais de busca e apreensão, sendo nove em União dos Palmares, três em São José da Laje, um em Murici e um em Maceió, todos expedidos pela 7ª Vara Federal de Alagoas. 

De acordo com as investigações, os cadastros de segurados falecidos do Regime Geral de Previdência Social eram selecionados, com o auxílio de um servidor do INSS, para servirem de instituidores de pensões. Selecionado o instituidor, o grupo investigado passava à fase de recrutar pessoas, geralmente mulheres, que aceitavam a tarefa de servir como supostas genitoras de crianças fictícias. 

Foto: Ascom PF

Essas crianças eram criadas a partir de Registros de Nascimento ideologicamente falsos e passavam a figurar como dependentes do segurado falecido. Além das mensalidades, os benefícios concedidos geravam créditos retroativos que eram repassados à organização criminosa. 

Foram identificadas 119 pensões por morte concedidas com indícios de irregularidades, das quais 75 foram cessadas no decorrer das investigações como medida para estancar o prejuízo ao erário. Todos os benefícios contendo indícios de irregularidades serão revisados pelo INSS. 

O prejuízo estimado gerado pelas ações criminosas investigadas soma R$ 12.926.052,81. Apesar disso, a suspensão dos benefícios por meio de revisão a ser efetuada pelo INSS pode gerar uma economia estimada em R$10.253.622,08 relativos a pagamentos futuros indevidos. 

Foto: Ascom PF

As fraudes foram identificadas em meados de 2022, a partir de informações repassadas pela Seção de Análise de Dados de Inteligência Policial.

A ação conta com a mobilização de aproximadamente 60 policiais federais e três servidores da CGINP. As condutas investigadas configuram os crimes previstos no artigo 171, §3º, art. 312, art.312, §2º, todos do Código Penal e art.1º, da Lei nº 9.613/98, entre outros. 

O nome da operação – Geração Espontânea – faz alusão à ideia de que algumas formas de vida seriam geradas espontaneamente a partir de matéria inanimada. Analogamente, dependentes dos segurados falecidos estariam sendo criados a partir de registros fraudulentos de nascimento.

Foto: Ascom PF

*Com Ascom PF



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