26/06/2024 05:17:52

Mundo
17/06/2024 00:00:00

Calor intenso marca início da festa muçulmana Aïd al-Adha e deixa vários mortos na Arábia Saudita


Calor intenso marca início da festa muçulmana Aïd al-Adha e deixa vários mortos na Arábia Saudita

RFI

Pelo menos 14 peregrinos jordanianos e cinco iranianos morreram na Arábia Saudita durante a peregrinação anual do hajj, marcado pelo intenso calor, anunciaram as autoridades de seus países. Neste domingo (16) é comemorado o primeiro dia do Aïd al-Adha, ou festa do Sacrifício, uma das celebrações mais importantes do Islã. 

A peregrinação anual do hajj, um dos cinco pilares do Islã, começou na sexta-feira na cidade de Meca, no oeste da Arábia Saudita, com a participação de mais de 1,8 milhão de fiéis, a maioria estrangeiros. Neste domingo, os muçulmanos chegaram a Mina, a última etapa do ritual anual.

Este ano, a peregrinação acontece em pleno verão, em uma das regiões mais quentes do mundo, onde os termômetros chegaram a 46º no sábado.  No ano passado pelo menos 10.000 foram registrados.

"Quatorze peregrinos jordanianos morreram e outros 17 desapareceram durante os rituais do hajj", segundo o Ministério das Relações Exteriores jordaniano. 

"O ministério está seguindo com as autoridades sauditas relevantes os procedimentos para enterrar os peregrinos e transportar os cadáveres se as famílias desejam que seus corpos sejam transferidos para o reino”. As buscas continuam pelos  peregrinos desaparecidos.     

 
 

Os muçulmanos que podem pagar devem realizar o hajj em Meca pelo menos uma vez na vida. Consiste em uma série de ritos realizados ao longo de quatro dias.

Calor excessivo

Os fiéis que chegaram à região a pé no final do dia têm sofrido com o calor, com temperaturas superiores a 40 graus, especialmente os idosos.   

"É muito difícil, não conseguimos encontrar transporte, não consigo me levantar", disse Ahmed Alsayed Omran, um aposentado egípcio de 70 anos, sentado na calçada.    

Dados publicados em 2023 por vários países, particularmente a Indonésia, relataram pelo menos 230 mortes durante a peregrinação, sem especificar as causas.  

No sábado, os peregrinos passaram o dia rezando e recitando o Alcorão no Monte Arafat, onde as temperaturas chegaram a 46 graus Celsius, antes de dormir sob as estrelas na planície de Muzdalifa, a poucos quilômetros de Mina.    

Apesar das temperaturas muito altas, a reunião em torno da colina onde o profeta Maomé teria proferido seu último sermão, o ponto alto da peregrinação, foi realizada com grande fervor.   

"Este lugar nos mostra que somos todos iguais, que não há diferenças entre muçulmanos no mundo", disse Amal Mahrouss, uma mulher de 55 anos do Egito.   

O rei saudita Salman trouxe 2.000 palestinos para o hajj às suas próprias custas, metade dos quais são familiares de vítimas de Gaza que se refugiaram no exterior.   

As autoridades alertaram que nenhum slogan político será tolerado durante o hajj.  Mas isso não impediu que muitos peregrinos expressassem sua solidariedade aos palestinos à AFP.    "Oramos por eles e pela libertação da Palestina, para que tenhamos dois partidos em vez de um", disse Wadih Ali Khalifah, saudita de 32 anos.  



Enquete
Se a Eleição municipal fosse agora em quem você votaria para prefeito de União dos Palmares?
Total de votos: 391
Notícias Agora
Google News