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Guerra
13/06/2024 06:00:00

Desde que Kiev passou a atacar a Rússia, inimigo reduziu bombardeios a Kharkiv, diz prefeito

Ihor Terekhov afirma que as operações ucranianas no território russo ajudaram a acalmar a principal frente de batalhas da guerra


Desde que Kiev passou a atacar a Rússia, inimigo reduziu bombardeios a Kharkiv, diz prefeito

A Referência

Com o aval de seus aliados, a Ucrânia passou a usar nos últimos dias as armas fornecidas pelo Ocidente para realizar ataques ao território russo, focando-se em alvos na região de Belgorod. Segundo o prefeito da cidade ucraniana de Kharkiv, palco dos mais intensos combates da guerra neste momento, o cenário por lá mudou para melhor desde que as ações dentro da Rússia tiveram início. As informações são da agência Reuters.

“É por isso que talvez Kharkiv tenha este período de calmaria nas últimas semanas, no qual não houve grandes ataques como aconteceu, por exemplo, em maio”, disse Ihor Terekhov em Berlim, na Alemanha, onde ocorre uma conferência para estimular o fornecimento de armas e munição pelas nações ocidentais a Kiev.

Os ataques realizados pela Ucrânia ao território russo ainda são esporádicos, mas suficientes para colocar mais pressão nas já sobrecarregadas Forças Armadas de Moscou.

No domingo (9), por exemplo, um militar ucraniano disse à rede Sky News que um jato tripulado atingiu “um centro de comando russo” na região de Belgorod, dentro da Rússia. Se confirmada a operação, trata-se de uma ousada mudança de estratégia, vez que bombardeios do gênero vinham sendo realizados até então somente com drones.

E a situação tende a se tornar ainda mais complicada para Moscou. A agência Associated Press (AP) diz que BélgicaDinamarcaHolanda e Noruega se comprometeram a fornecer à Ucrânia mais de 60 caças F-16 fabricados nos EUA. Pilotos ucranianos estão atualmente em treinamento para pilotar os aviões, com entregas previstas para começar ainda este ano.

Tal cenário só é possível porque Reino UnidoFrança e Alemanha mudaram a cara da guerra ao autorizarem publicamente a Ucrânia a usar as armas que eles forneceram para atacar o inimigo em seu próprio território. Na sequência, o presidente norte-americano Joe Biden concedeu a mesma autorização a Kiev, segundo fontes ouvidas pelo site Politico. Isso viabilizou, enfim, o uso dos F-16.

Belgorod tem sido alvo preferencial, tendo registrado não apenas a primeira operação aérea tripulada, mas também o primeiro ataque de artilharia desde o aval ocidental.

Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) usou imagens geolocalizadas para confirmar, na semana passada, que um bombardeio possivelmente realizado com armamento norte-americano atingiu um sistema de defesa antiaérea S-300 na citada região.

“Fontes russas especularam amplamente que as forças ucranianas usaram HIMARS fornecidos pelos EUA, mas as autoridades ucranianas ainda não comentaram o ataque”, disse o ISW, que endossa a avaliação de seus informantes. Os analistas explicam que o alvo atingido pelos ucranianos está dentro do raio de ação do sistema de mísseis norte-americano, mas fora do alcance de outras armas ucranianas.

Segundo a rede CNN o uso de armamento ocidental para realizar o ataque chegou a ser confirmado pela vice-primeira-ministra ucraniana Iryna Vereshchuk através de sua conta no Facebook, embora ela não tenha citado especificamente o HIMARS ou mesmo os EUA como fornecedores do armamento.

“Queima lindamente. É um S-300 russo. Em território russo. Os primeiros dias após a permissão para usar armas ocidentais em território inimigo”, disse ela na postagem, que foi posteriormente excluída.

Com o momento favorável, Terekhov convocou os aliados ucranianos a manterem o apoio a seu país. “É muito importante ter as armas a tempo. É muito importante ter essas armas, especialmente o sistema aéreo de defesa múltipla”, declarou durante o evento na Alemanha.

 



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