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Acidente
12/06/2024 09:00:00

Uncisal promove mesa-redonda sobre “raça: vivências e representatividade no setor público”

Servidores do Poder Executivo Estadual são convidados a participar das ações de sensibilização que acontecem em junho


Uncisal promove mesa-redonda sobre “raça: vivências e representatividade no setor público”

Tribuna Hoje

A professora da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) Salete Bernardo, presidente do Conselho Estadual de Promoção à Igualdade Racial (Conepir), foi a responsável pela mediação da mesa-redonda sobre Raça: Vivências e Representatividade no Setor Público. O evento aconteceu na manhã desta segunda-feira, 10 de junho, no auditório da Escola de Governo de Alagoas (Egal). A atividade faz parte da trilha de conhecimento do Censo dos Servidores 2024 e tem como objetivo principal mapear o perfil dos servidores públicos estaduais.

Salete Bernardo destacou a importância das discussões sobre letramento racial no serviço público para melhorar a compreensão do preenchimento do Censo e fortalecer o sentimento de pertencimento entre os servidores. Ela ressaltou que muitas pessoas se identificam como pardas, mas não entendem que, ao se identificarem como tais, elas também são consideradas negras. "Isso faz com que, a partir do Censo, sejam criadas políticas públicas com foco nos servidores", afirmou.

A professora também provocou debates sobre os caminhos para a equidade, os desafios para ocupar espaços institucionais e a importância de reconhecer esses locais enquanto agentes de transformação, além de discutir o que está sendo feito na luta antirracista.

A roda de conversa contou com a participação de Arabella Mendonça, secretária de Estado da Cidadania e da Pessoa com Deficiência (SECDEF); Israel da Silva Oliveira, gerente da Assistência Social (Secria); Manuela Lourenço, superintendente de Políticas para Igualdade Racial (Semudh); e Renata dos Santos, secretária de Estado da Fazenda (Sefaz).

Israel da Silva Oliveira comentou sobre a importância do autoconhecimento e da autodeclaração racial. Ele explicou que muitos brasileiros, especialmente alagoanos, começam a se afirmar como negros apenas na adolescência ou após experiências traumáticas. "Eu nasci em Batalha, sou uma pessoa de descendência negra, mas só compreendi plenamente minha identidade racial quando vivenciei experiências externas", compartilhou. Israel ressaltou que o Censo pode ajudar as pessoas a se autodeclararem de forma mais rápida e precisa, evitando confusões e sub-representações.

Na Universidade Estadual de Ciências e Saúde de Alagoas, o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi), do qual a professora Salete Bernardo faz parte, desempenha um papel fundamental em fomentar questionamentos, oferecer treinamentos e implementar políticas de cota. O Neabi também incentiva professores e alunos a compreenderem suas identidades e histórias, promovendo uma visão de futuro mais inclusiva e consciente.

Mês de sensibilização

Para sensibilizar os servidores sobre a importância do Censo e os temas abordados no formulário, diversas ações de conscientização serão realizadas ao longo do mês de junho. Estes eventos tratarão de questões como raça, gênero, identidade religiosa, orientação sexual e pessoas com deficiência. A programação inclui palestras, rodas de conversa, letramentos e debates, que ocorrerão em diferentes locais e datas, proporcionando momentos de reflexão e aprendizado para todos os participantes.

As inscrições devem ser feitas pelo link https://capacitacao.al.gov.br



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