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Guerra
04/06/2024 06:00:00

Novo plano israelense de cessar-fogo ganha apoio, enquanto Rafah segue sob bombardeios


Novo plano israelense de cessar-fogo ganha apoio, enquanto Rafah segue sob bombardeios

Rfi

O novo plano israelense de cessar-fogo em Gaza, proposto pelos Estados Unidos na sexta-feira (31), ganhou neste sábado (1) apoio de países como a França. O primeiro-ministro de Israel,  Benjamin Netanyahu, ressaltou que a proposta “inclui a destruição do [grupo] Hamas”. Enquanto isso, a cidade de Rafah segue sob intensos bombardeios neste sábado (1°).

"A guerra em Gaza tem de acabar. Apoiamos o acordo abrangente proposto pelos Estados Unidos, assim como trabalhamos com os nossos parceiros na região em prol da paz e da segurança para todos”, escreveu o presidente da França, Emmanuel Macron, no X. "A libertação dos reféns, um cessar-fogo duradouro para trabalhar pela paz e avançar na solução de dois Estados”, declarou o chefe de Estado.

O roteiro divulgado pelo presidente norte-americano visa alcançar, por etapas e sob condições, um cessar-fogo permanente no enclave palestino, quase oito meses após o início da guerra.

“É hora de esta guerra acabar”, disse Joe Biden, na Casa Branca, ao pedir que o grupo Hamas aceite o plano israelense, que lhe foi apresentado pelo Catar. “Não podemos deixar passar esta oportunidade”, acrescentou.

O Hamas considerou "positiva" a nova proposta, composta por três fases: inicialmente, um cessar-fogo de seis semanas, a retirada das tropas israelenses “de todas as zonas povoadas de Gaza” e a libertação de alguns reféns sequestrados pelo Hamas. A segunda fase prevê o fim “permanente” das hostilidades e a libertação de todos os reféns. A reconstrução da Faixa de Gaza ocorreria numa terceira e última fase.

 
 

“O Hamas vê de forma positiva o que foi incluído no discurso do presidente dos EUA, Joe Biden, relativamente a um cessar-fogo permanente, à retirada das forças israelenses de Gaza, à reconstrução e à troca de prisioneiros”, afirmou o Hamas.

Israel não abre mão de 'destruição' do Hamas

Nesta manhã, o premiê Benjamin Netanyahu insistiu que uma trégua permanente está condicionada à destruição do Hamas. “As condições de Israel para parar a guerra não mudaram”, disse o gabinete do chefe de governo, citando “a destruição das capacidades militares e governamentais do Hamas, a libertação de todos os reféns e a garantia de que Gaza não representará mais uma ameaça para Israel”.

“A ideia de que Israel aceitará um cessar-fogo permanente antes que estas condições sejam cumpridas está condenada ao fracasso”, acrescentou o texto.

O líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, por sua vez, reiterou na sexta-feira que as “exigências” do movimento, começando com um cessar-fogo permanente e uma retirada total de Israel da Faixa de Gaza, não eram “negociáveis”.

No terreno, intensos ataques aéreos e fogo de artilharia atingiram Rafah, no sul da Faixa de Gaza, neste sábado. O exército, cujos tanques entraram no centro de Rafah nos últimos dias, continuou no sábado a sua ofensiva nesta cidade fronteiriça com o Egito, lançada em 7 de maio. O objetivo, alega Tel Aviv, é destruir os últimos batalhões do Hamas instalados na região.

Vida 'apocalíptica' em Rafah

Em 24 horas, a guerra deixou pelo menos 95 mortos em todo o território, segundo o Ministério da Saúde do governo de Gaza, liderado pelo Hamas. Em Rafah, as operações estão particularmente concentradas na zona oeste da cidade, no distrito de Tal al-Sultan, onde os residentes relataram bombardeios, disparos de tanques e movimentos de veículos militares.

“Durante toda a noite, os bombardeamentos aéreos e de artilharia não pararam por um momento nos setores ocidentais de Rafah”, disse à AFP um residente da cidade que não revelou o seu nome.

Ele acrescentou que os atiradores israelenses tomaram posições “em prédios com vista para todo o bairro de Tal al-Sultan, tornando a situação muito perigosa”. Testemunhas também relataram fogo de artilharia pesada no leste e centro de Rafah.

No centro da Faixa de Gaza, o campo palestino de Nousseirat foi atingido por ataques aéreos. No norte, o fogo de artilharia atingiu o bairro de Zeytoun, na cidade de Gaza, segundo um correspondente da AFP.

Desde o início da ofensiva em Rafah, no extremo sul do território sitiado, um milhão de pessoas fugiram para a populosa zona costeira de al-Mawasi. A vida tornou-se “apocalíptica” em certas áreas do sul da Faixa de Gaza, alertou a ONU na sexta-feira.

Além da catástrofe humanitária, o ponto de passagem de Rafah com o Egito, crucial para a entrada de ajuda internacional, foi fechado desde que o exército israelense assumiu o controle do lado palestino, em 7 de Maio. Uma reunião dedicada à reabertura de Rafah está prevista para este domingo, no Egito, com a participação dos Estados Unidos e de Israel, segundo um veículo próximo do governo egípcio.

 



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