27/06/2024 06:12:33

Acidente
31/05/2024 00:00:00

China usa conflito em Gaza para consolidar liderança mundial em cúpula com países árabes


China usa conflito em Gaza para consolidar liderança mundial em cúpula com países árabes

Rfi

“A guerra não deve durar por tempo ilimitado" na Faixa de Gaza, disse o presidente chinês em seu discurso no fórum, que acontece no pavilhão no parque Diaoyutai, perto da praça da Paz Celestial (Tiananmen), na capital chinesa. “A Justiça não pode ficar ausente para sempre”, acrescentou.

A China fornecerá ajuda adicional de 500 milhões de yuans, o equivalente a mais de R$ 350 milhões, para lutar contra a crise humanitária em Gaza, que está em guerra desde 7 de outubro do ano passado.

O país também doará US$ 3 milhões (cerca de R$ 15 milhões) às Nações Unidas para os refugiados palestinos, garantiu o presidente chinês aos representantes da Liga Árabe. “Não há possibilidade de paz e estabilidade no Médio Oriente sem uma abordagem abrangente da causa palestina", afirmou o chefe de Estado chinês.

“A guerra não pode continuar indefinidamente, e a solução de dois Estados não pode ser arbitrariamente colocada de lado. A China apoia a adesão da Palestina às Nações Unidas e defende uma conferência de paz internacional mais ampla e eficaz”, acrescentou.

O rei do Bahrein, Hamed Ben Issa Al Khalifa, disse que o país poderá receber o evento. “Apreciamos o apoio da China à justa causa palestina, além do seu empenho para aliviar o sofrimento dos palestinos e o seu total apoio à criação de um Estado”, continuou.

“Queremos que a China desempenhe um papel importante e reconhecemos os seus esforços. A China tem boas relações com quase todos os países do Oriente Médio, o que não é o caso dos nossos amigos americanos, infelizmente. É isto que torna a China capaz de intervir de forma construtiva, positiva e sem controvérsias”, disse Fariz Medhawi, embaixador palestino na China.

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, parabenizou a iniciativa de Xi Jinping. “A China sempre apoiou o cessar-fogo e pediu o fim da guerra liderada por Israel, defendendo a solução bilateral dos dois Estados", disse o chefe de Estado.  

“Palestinos morrem a cada segundo”disse o presidente tunisiano, Kaïs Saïed, que também agradeceu aos chineses “pela sua posição firme a favor do povo palestino"O presidente dos Emirados Árabes, Mohammed bin Zayed Al Nahyan, elogiou o engajamento chinês pela “defesa de uma paz justa por parte da China, baseada no reconhecimento de um Estado palestino”.

Presença no Oriente Médio

A China quer reforçar sua presença no Oriente Médio e organizará a segunda cúpula sino-árabe em 2026, declarou o presidente chinês à imprensa. O país, disse, aposta ainda no investimento em “projetos emblemáticos”, mas também em iniciativas que vão beneficiar a população.

O presidente mencionou a cooperação aeronáutica, aeroespacial e energética, que é vital para a segunda maior economia do mundo, além de acordos nas áreas financeira, cultural e turística. Dez milhões de visitantes são esperados na China e nos países árabes no próximo ano.  

Por fim, Xi Jinping elogiou a profunda “afinidade” entre a China e o mundo árabe. “Embora a comunidade internacional não consiga pôr fim ao massacre em Gaza, a experiência chinesa beneficia os nossos países”, afirmou o secretário-geral da Liga Árabe.

Um comunicado comum sobre a questão palestina será incluído na declaração de Pequim, que será publicada no final do fórum.



Enquete
Se a Eleição municipal fosse agora em quem você votaria para prefeito de União dos Palmares?
Total de votos: 392
Notícias Agora
Google News