17/06/2024 06:43:34

Violência
25/05/2024 22:00:00

Violência sem limite que enterra sonhos; vítimas serão sepultadas hoje (25)

Heitor, de 9 anos, treinava no Atlético. Laysa, de 11, queria ser advogada. Os dois e o pai do garoto morreram baleados durante festa na Grande BH


Violência sem limite que enterra sonhos; vítimas serão sepultadas hoje (25)

O Estado de Minas

Os sonhos de ao menos duas crianças se perderam na noite de quinta-feira (24/5), durante uma festa de aniversário no Bairro Areias de Baixo, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

Heitor Felipe Moreira de Oliveira, de 9 anos, e Laysa Emanuele, de 11, foram baleados por dois homens armados que invadiram a comemoração. O mais novo queria ser jogador de futebol e tinha começado a trilhar seu sonho no Atlético Mineiro. A mais velha queria ser advogada. Além das crianças, o pai do menino também morreu e outras três pessoas ficaram feridas. Reconhecido por testemunhas como um dos autores, um homem foi preso, e outro estava foragido até o fechamento desta edição. Os corpos das vítimas serão sepultados hoje (25/5), no Cemitério Bela Vista, em Santa Luzia, também na Grande BH.

Em suas redes sociais, Heitor Felipe compartilhava sua trajetória no esporte e afirmava que não desistiria do sonho de ser atleta. Ao Estado de Minas, Tamyres Moreira, tia do menino, contou que, como a maioria da família, ele era cruzeirense, mas vestia a camisa alvinegra para jogar “com amor e orgulho”. “Nós sempre brincávamos com ele com essa diferença dos times, de torcer para o rival do que estava jogando, mas ele sempre respondia que era ‘trabalho'.”

Além de apaixonado por futebol, Heitor amava a família. Com carinho, a tia conta que, se fosse por ele, o menino levantava às 5h para ir treinar e que sempre beijava as mãos dos familiares ao pedir-lhes a bênção. “Ele não tinha preguiça, o negócio dele era a bola desde que se entendia por gente. Ele nunca brincou de outra coisa. Não é por ser meu sobrinho, mas era uma criança iluminada. Um menino educado”, recorda.

Assim como o primo mais novo, Laysa Emanuele também tinha um sonho de carreira e queria ser advogada. Segundo a tia Luna Milla, a menina era estudiosa e “nunca dava trabalho”. O irmão de Laysa também estava na festa no momento do atentado e teria corrido para um banheiro para se proteger. “Ela era uma menina boa, alegre e extrovertida. Perdeu a vida muito cedo, ninguém esperava uma tragédia dessa acontecer.”



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