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Acidente
24/05/2024 08:00:00

Risco de obesidade é maior entre adolescentes pobres, alerta OMS


Risco de obesidade é maior entre adolescentes pobres, alerta OMS

Rfi

Um estudo feito com dados de 44 países mostra que um número crescente de adolescentes corre risco de obesidade, especialmente entre os jovens de meios desfavorecidos, devido a maus hábitos alimentares, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta quinta-feira (23). A pesquisa apontou que um em cada quatro adolescentes consome diariamente doces ou chocolate, existindo uma correlação “preocupante” entre a condição socioeconômica dos jovens e os maus hábitos alimentares.

"De forma alarmante, os adolescentes de famílias mais pobres têm maior probabilidade de ter excesso de peso ou obesidade (27% em comparação com 18% dos jovens de famílias mais ricas). Esta disparidade realça a necessidade urgente de abordar os fatores socioeconômicos subjacentes que contribuem para esta tendência”, alertou a OMS Europa, em um comunicado.

Um adolescente originário de meios desfavorecidos tem maior probabilidade de consumir bebidas açucaradas (18% contra 15%) e menos probabilidade de comer frutas (32% contra 46%) e vegetais (32% contra 54%) diariamente.

“Os alimentos saudáveis ??são muitas vezes menos acessíveis para as famílias de baixa renda, levando a uma maior dependência de alimentos ricos em açúcar ou processados, o que pode ter efeitos prejudiciais para a saúde dos adolescentes”, observa o Dr. Martin Weber, Chefe do Programa de Estudos de Saúde Infantil da OMS Europa.

"Círculo vicioso"

Esta situação pode ter outras consequências na vida destes jovens até à idade adulta, sublinha Hans Kluge, diretor regional da OMS Europa, citado no comunicado, descrevendo-a como um “círculo vicioso de desvantagens”.

“As crianças de famílias menos abastadas têm maior probabilidade de ter problemas de saúde, o que pode prejudicar seu nível de escolaridade, as perspectivas de emprego e a qualidade de vida em geral. Isto perpetua as desigualdades sociais e limita as possibilidades de mobilidade social”, afirmou Kluge.

Além das recomendações de atividade física regular, o diretor da OMS pede mais políticas públicas para enfrentar a raiz do problema da desigualdade social. Podem ser “programas escolares que incentivam a alimentação saudável e a atividade física”, ou mesmo “iniciativas locais que proporcionem acesso a instalações esportivas e recreativas a preços acessíveis”, recomenda a OMS.

A OMS Europa reúne 53 países da Europa e da Ásia Central. 



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