Tribuna Hoje
Alagoas registrou mais de 300 mortes por infarto nos primeiros três meses de 2024 e acendeu um alerta quanto aos principais fatores de risco. Segundo dados da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais em Alagoas (Arpen/AL), 371 vidas foram perdidas por infarto entre janeiro e março deste ano em Alagoas; 405 no ano passado; 104 em 2022; 325 em 2021 e 441 em 2020.
O Ministério da Saúde aponta que as doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no Brasil. De acordo com estimativas da Pasta, o país registra entre 300 mil e 400 mil casos anuais.
Até ontem (21), o cardiômetro - indicador do número de mortes por afecções do coração e da circulação, criado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, já passava de 150 mil o número de pessoas que vieram a óbito por doenças cardíacas este ano no Brasil.
Em entrevista à jornalista Ana Paula Omena para o TH desta semana, o cardiologista Edécio Galindo de Albuquerque, faz o alerta e destaca que prevenindo e tratando de forma adequada os fatores de risco há como reverter essa grave situação.
Ele lembrou que o infarto do miocárdio, também conhecido como ataque cardíaco, ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do músculo cardíaco é bloqueado, geralmente por um coágulo de sangue. Isso resulta em danos ao músculo cardíaco e pode levar a complicações graves e até mesmo à morte.
“É problema gravíssimo de saúde pública e a gente meio que se acostuma com as coisas e lembra quando tem uma situação que dá publicidade que nos chama atenção de forma pontual, mas é um problema social muito grave”, frisou.
Em caso de sintomas, um médico deve ser consultado
O médico Edécio Albuquerque disse que os sintomas comuns de um infarto incluem dor no peito, que pode se espalhar para os braços, pescoço, mandíbula ou costas, além de falta de ar, náusea, sudorese e palpitações cardíacas. É importante procurar ajuda médica imediatamente se você ou alguém que você conhece estiver apresentando sintomas de um ataque cardíaco.
Ele alertou acerca dos fatores de risco para infarto que incluem: tabagismo, hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes, obesidade, falta de exercício físico e histórico familiar de doenças cardíacas. “Manter um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta balanceada, exercícios regulares, evitar fumar e controlar os fatores de risco é fundamental para reduzir o risco de infarto e outras doenças cardiovasculares”.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o sedentarismo vai matar no século 21 por doenças cardiovasculares a mesma quantidade do tabagismo.