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Guerra
22/05/2024 04:00:00

Mais de três mil presos na Ucrânia pedem para integrar forças armadas do país

O anúncio foi feito pela vice-ministra da Justiça Olena Vyssotska na televisão ucraniana nesta terça-feira (21). Segundo ela, mais de três mil pessoas detidas na Ucrânia se disponibilizaram para integrar o exército do país.


Mais de três mil presos na Ucrânia pedem para integrar forças armadas do país

Rfi

O anúncio foi feito pela vice-ministra da Justiça Olena Vyssotska na televisão ucraniana nesta terça-feira (21). Segundo ela, mais de três mil pessoas detidas na Ucrânia se disponibilizaram para integrar o exército do país.

Segundo a vice-ministra, a estimativa foi feita antes da adoção de uma lei, no início deste mês, que permite que certas categorias de detentos recebam liberdade condicional para lutar contra a Rússia. A medida diz respeito a presos voluntários, que devem ser submetidos a exames que avaliam sua saúde física e mental.

A lei não diz respeito a prisioneiros condenados por crimes graves, como homicídios de mais de duas pessoas, violências sexuais, ataques à segurança nacional ou presos por corrupção. O texto também impõe que apenas detentos com menos de três anos de prisão a cumprir podem fazer o pedido para servir em unidades especiais do Exército ucraniano. 

Falta de soldados

Depois dois anos de resistência à invasão russa, Kiev sofre com a falta de soldados e armas. Em abril, a Ucrânia já havia aprovado uma controversa lei para facilitar o engajamento militar, abaixando de 27 a 25 anos a idade mínima para ser convocado.

 
 

O diretor da ONG "Proteção aos prisioneiros na Ucrânia", Oleg Tsvily, afirmou neste mês que temia que detentos ucranianos se tornassem "um pedaço de carne" nos combates, "como na Rússia", fazendo alusão às convocações de presos no país inimigo.

Uma lei adotada no final de março por Moscou permite que suspeitos de crimes possam escapar de uma condenação caso aceitem combater na Ucrânia. Um balanço recente de uma ONG russa calcula que 150 mil detentos tenham sido enviados para combater na Ucrânia desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.

Na semana passada, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu que seu exército precisa de mais efetivos. "Precisamos dotar as reservas de pessoal [...] Um grande número [de brigadas] está vazio", declarou.

Sem previsão de fim

Muitos soldados ucranianos estão lutando há mais de dois anos sem a possibilidade de serem dispensados. Sem fim à vista para a guerra, o Exército ucraniano sofre para recrutar, enquanto os combatentes estão ficando exaustos e irritados com a falta de rotatividade.

Nesta terça-feira, Zelensky afirmou que o exército ucraniano obtém “resultados tangíveis” na região de Kharkiv, no nordeste do país, onde as forças russas abriram uma nova frente desde 10 de maio. No fim de semana, o presidente ucraniano declarou que esperava uma grande ofensiva russa no norte e leste do país, o que ele considera como a primeira de uma nova fase de uma grande ofensiva.



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