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12/04/2024 00:00:00

Após ofício da Embaixada da França, Marinha autoriza 2 navios de guerra entrar em no porto do Rio de Janeiro


Após ofício da Embaixada da França, Marinha autoriza 2 navios de guerra entrar em no porto do Rio de Janeiro

sociedademilitar.com.br

Após ofício urgente da Embaixada da França no Brasil, datado de 5 de abril de 2024, o Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada, Vice-almirante Iunis Távora Said, autorizou a visita de dois navios de guerra franceses ao porto do Rio de Janeiro na próxima semana, entre os dias 16 e 20 de abril de 2024.

“…AUTORIZO a visita dos navios Porta-Helicópteros Anfíbio (PHA) “TONNERRE” e Fragata Ligeira Furtiva (FLP) “GUÉPRATTE”, pertencentes à Marinha Nacional da França (MNF), ao porto do Rio de Janeiro-RJ, no período de 16 a 20 de abril de 2024″, diz trecho do Despacho Decisório publicado no Diário Oficial.

A Missão Jeanne d’Arc

Ambos os navios franceses estão no curso da missão Jeanne d’Arc, estabelecida para proporcionar treinamento prático avançado para cadetes navais, permitindo-lhes concluir sua formação a bordo de um porta-helicópteros anfíbio.

Ao longo dos anos, essa missão tornou-se uma parte vital da educação e da experiência operacional para os futuros oficiais da Marinha Nacional Francesa, envolvendo-os diretamente em operações marítimas, exercícios conjuntos e missões diplomáticas.

Tradicionalmente, essa jornada abrange regiões estratégicas globais, como o Mediterrâneo, o Mar Vermelho, o Oceano Índico, e ocasionalmente, o Oceano Pacífico, refletindo a abrangência e a versatilidade da atuação francesa no cenário internacional.

A Missão Jeanne d’Arc de 2024 é diferente das outras por ter seu foco nas Américas, representando uma ampliação do escopo geográfico habitual da missão.

Esta edição especial visa fortalecer laços, promover a cooperação internacional e reafirmar a presença francesa em regiões de importância econômica, de segurança e ambiental, navegando desde o Mediterrâneo até diversas paradas estratégicas na América do Sul, Caribe e América do Norte.

Além da formação dos cadetes, a missão se dedica a operações conjuntas com outras marinhas, participação em exercícios militares e contribuições para a segurança marítima, combatendo desafios como o tráfico ilegal e a pesca INN (ilegal, não declarada e não regulamentada).

Tonnerre (L9014)

Porta-Helicópteros Anfíbio (PHA) TONNERRE – Marine Nationale

O Tonnerre (L9014), um porta-helicópteros de assalto anfíbio da Marinha Nacional Francesa, é a oitava embarcação com este nome e o segundo navio da classe Mistral. Sua construção começou em duas partes entre 2003 e 2004, sendo lançado em 2005 e entrando em serviço em 2006.

Participou de várias missões importantes, incluindo a Opération Licorne na Costa do Marfim em 2007, missões humanitárias no Golfo da Guiné em 2008 interceptando grandes quantidades de cocaína, operações durante a Guerra Civil Líbia em 2011, assistência humanitária em Beirute após a explosão de 2020, exercícios militares no Pacífico e no Mediterrâneo entre 2021 e 2022, e como navio hospital na guerra Israel-Hamas em 2023.

F 714 FS Guepratte

F 714 FS Guepratte – Marine Nationale

Guépratte é uma fragata da classe La Fayette, de propósito geral, da Marinha Nacional Francesa, nomeada em homenagem ao almirante Émile Paul Amable Guépratte do final do século XIX e início do século XX.

Comissionada em 2001, esta embarcação destaca-se por incluir mulheres na sua tripulação, tendo, em 2016, nomeado a primeira comandante feminina de uma fragata na história da Marinha Nacional.

Participou no grupo de batalha Jeanne d’Arc com o navio de assalto anfíbio Tonnerre e realizou várias missões importantes, incluindo operações no Oceano Índico e no Mar Arábico, onde interceptou contrabando de drogas e armas. Em 2024, acompanhará o Tonnerre em uma missão prolongada ao redor da América do Sul e visitas à América do Norte.

Está prevista para passar por atualizações estruturais e técnicas, assumindo funções de patrulha offshore até a sua retirada do serviço prevista para 2031, sem planejamento para incorporar um sistema de sonar montado no casco, limitando suas capacidades anti-submarino ao suporte oferecido por seu helicóptero embarcado.

 

 



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