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Veio a obito no Hospital da Mata em União dos Palmares na madrugada desta quinta feira (11), o cidadão Eloi da Silva popularmente conhecido como Loia de 80 anos de idade, após ser acometido de infarto fulminante que teria ocorrido em sua residência (ainda não confirmado).na cidade de Santana do Mundaú.
‘Loia’ deixou um exemplo de vida e dignidade como pessoa humana, pai, amigo e administrador público. Começou sua vida como comerciante no distrito de ‘Timbó’ na zona rural de União dos Palmares. Viúvo, (perdeu a esposa a menos de 3 meses), pai do bacharel em Direito Elson da Silva, Aline e Justino, migrou no início da década de 80 para Santana do Mundaú onde fixou residência após adquirir uma propriedade de produção de laranjas no acesso a cidade.
Calado, hábil político, logo se notabilizou junto à comunidade cujo comportamento o credenciou a disputar a chapa de vice Prefeito junto com o ex-prefeito José Lino que teve o mandato interrompido dando lugar ao seu vice. Veio a se notabilizar como político no curto período em que governou a terra de Santa Ana, mas margens do Rio Mundaú, na divisa de Estado de Alagoas com Pernambuco na região da Mata alagoana.
Em curto tempo Loia restaurou o município administrativamente e o credito junto à comunidade; começou a pagar o funcionalismo em dia e reabilitou o credito financeiro da prefeitura. No seu primeiro período como prefeito, deu especial atenção a zona rural do município. Restaurou estradas, postos de saúde e escolas enquanto a primeira dama dona Diva como era conhecida se encarregou da saúde e da assistência social. ‘Foi um trabalho brilhante que marcou uma época em Santana do Mundaú’ disse um amigo da família a Tribuna.
Reeleito com maioria esmagadora, veio a cheia de 2016 que literalmente dizimou a simpática cidade fincada margens do Rio Mundaú. O próprio Eloi foi vítima da cheia e teve sua casa destruída obrigando-o a morar de aluguel. Nem a intempérie abalou o sentido do administrador que focou sua administração em socorrer os desabrigados e reconstruir a cidade que tanto amou, o que despertou em seus inimigos a inveja e a cobiça. O município com suas contas em dia, o pagamento do funcionalismo idem, o município a época era considerado o maior produtor de laranjas do Nordeste cujas produções proporcionaram uma fase áurea no pequeno e bucólico município.
Uma denuncia junto ao Ministério Público acatado pela Justiça ensejou o afastamento de ‘seu Loia’ do cargo de prefeito: motivo: um amigo foi vitima da enchente e solicitou roupas de cama e utensílios a Prefeitura, e para não esquecer, o politico guardou o material em sua residência para que quando houvesse condições de trafego, o amigo vim apanhar. Como era zeloso e honrado, dois dias antes da tragedia que assolou vários municípios alagoanos, deixou os cheques dos pagamentos da quinzena assinados na tesouraria, mas nenhum deles foi descontado...
Após ser acusado de desonesto, Eloi da Silva caiu em profunda depressão que nem mesmo a absolvição de todas as acusações mentirosas e enganosas pela própria Justiça o curaram. ‘Loia’ Morre sem sua propriedade produzir, com um salário simbólico do município e sem sua companheira morta a três meses passados, todavia, segundo disse a reportagem em seu último contato, com suas mãos limpas e a consciência tranquila.
A morte do popular politico remanescente de uma geração de políticos honestos (raro, hoje em dia) consternou a sociedade do município e de todo Estado de Alagoas. Ao ser sepultado Loia leva a certeza que cumpriu seu papel e deixa para a posteridade uma herança de honradez e decência.
O local do Velório e a Hora do Sepultamento não foi fornecidos pela família. Daremos mais informações a qualquer instante
