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Mundo
05/04/2024 00:00:00

Japão negocia o envio de tropas às Filipinas e irrita a China: ‘Eixo do mal’

Manila e Tóquio negociam um amplo pacto de segurança que asseguraria 'acesso recíproco' às Forças Armadas dos dois países


Japão negocia o envio de tropas às Filipinas e irrita a China: ‘Eixo do mal’

A Referência

Japão e Filipinas negociam termos mais amplos para seu pacto de defesa, considerando o envio de tropas japonesas em apoio aos filipinos contra a China, que trava disputas territoriais com as duas nações. Trata-se de mais um capítulo da tensa novela que tem como cenário o Oceano Pacífico e envolve ainda os EUA, aliança classificada por Beijing como “eixo do mal”.

Segundo o jornal Financial Times, os dois governos estudam ampliar um acordo que vem se desenhando há meses e se equipararia, assim, ao que os filipinos mantêm com os norte-americanos. José Manuel Romualdez, embaixador das Filipinas nos EUA, disse que o pacto prevê “acesso recíproco” aos militares dos dois países asiáticos, que assim poderiam realizar treinos e exercícios na nação parceira.

“Isso é algo que já discutimos no passado e continuaremos a olhar para isso novamente como parte da cooperação entre os nossos países”, disse Romualdez. Ele acrescentou que, ao menos em um primeiro momento, o envio de tropas seria apenas rotativo, pois seu país está constitucionalmente impedido de manter soldados permanentemente em bases estrangeiras.

Japão, Filipinas e EUA têm ampliado a colaboração para enfrentar as reivindicações territoriais chinesas. Com Manila, Beijing luta pelo controle quase absoluto das águas do Mar da China Meridional, sendo as Ilhas Spratly o principal palco da disputa. Já com Tóquio a concorrência é pelas ilhas Senkaku, hoje sob controle japonês, mas reivindicadas pelos chineses devido à proximidade com Taiwan.

Transitando entre a tensão está Washington, um parceiro vital para Tóquio e Manila. Como sinal de que a aliança é firme, os três países anunciaram na segunda-feira (1º) uma patrulha conjunta no Mar da China Meridional. Embora manobras do gênero sejam comuns entre EUA e Filipinas, esta será a primeira vez em que o Japão marcará presença.

A reação da China

Para a China, a tríplice aliança é “provocativa” e “serve apenas para incitar maiores crises e conflitos no Pacífico ocidental”. O país se manifestou através do Global Times, um jornal vinculado ao governo que frequentemente atua como porta-voz informal em casos delicados.

Em artigo de opinião, o periódico também disse, no dia 31 de março, que a aliança entre Japão e EUA “está evoluindo para um eixo do mal que representará incerteza e instabilidade mais diretas para a região, até trazer destruição à atual paz na Ásia.”

O texto conclui que as questões locais deveriam ser resolvidas sem interferência externa. “É necessário estabelecer uma coordenação e cooperação mais estreitas com mais países da região Ásia-Pacífico para reconhecer as intenções perigosas dos EUA que consistem em promover a divisão, o confronto e o conflito na região.”



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